Um traficante, apontado pela Polícia Federal como distribuidor de cocaína e drogas sintéticas para a classe alta, foi preso em flagrante na tarde de ontem, no Alto da XV. Com ele foram detidos dois clientes, um deles, segundo a polícia, filho de um prefeito do litoral de Santa Catarina. O traficante tem 30 anos, mas seu nome não foi divulgado pela PF.

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Conforme as investigações, ele vendia entorpecentes nas regiões ricas da capital há dois anos. Ele usava documentos falsos, em nome de “João Paulo”, e estaria aplicando golpes no comércio. “Nós o prendemos no momento em que negociava cocaína com os dois clientes. Os compradores eram selecionados. Vendia só para “playboys’, sempre em grandes quantidades”, explicou o agente Gildeto Meira da PF, responsável pela prisão.

“Estoque”

O detido alugou a cobertura de um prédio e a usava como base do tráfico. No apartamento foram apreendidos R$ 20 mil em dinheiro, 725 pontos de LSD, 300 gramas de cocaína, quatro comprimidos de ecstasy, balança de precisão e na garagem, uma caminhonete Hilux com placas e chassis clonados.

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As investigações, feitas em conjunto com a Polícia Militar, revelaram que o traficante usava motofretistas para entregar as drogas, disfarçadas de correspondência. “O entregador nem sabia do esquema. Levava os envelopes e voltava com dinheiro. No caso de clientes especiais, ele mesmo fazia a transação”, explicou Gildeto.

Golpes

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Com nome e documentos fraudulentos, o traficante conseguiu abrir conta em banco e teve acesso a cartões de crédito e talões de cheque. “Ele também era procurado por estelionato. Fomos atrás do nome falso e quando fizemos a prisão, descobrimos quem era realmente”, descreveu Gildeto.

As drogas, documentos, veículo e os três detidos foram levados para a Superintendência da PF, no Santa Cândida. Os dois compradores assinaram termo circunstanciado e foram liberados. O traficante permaneceu na carceragem.