“Estava bêbado. Nem me lembro do que aconteceu.” Assim, Robson da Silva Lima, 18 anos, conhecido por “Binho”, tentou justificar a crueldade cometida contra uma menina de 10 anos.
Na manhã de terça-feira ele praticou sexo anal com a criança, tentou estuprá-la e ainda a agrediu com socos no rosto, deixando a ensangüentada no meio do mato. O maníaco foi reconhecido pelos vizinhos e preso ontem, por policiais militares.
A pedido da mãe, a criança saiu de casa para comprar carne em um frigorífico. Ela tomou um atalho, por um carreiro no meio do matagal, próximo à Rua Paulo Gorski, no Campo Comprido, e fez a compra. Robson já a observava. Quando retornava para casa, por volta das 10h30, a criança foi atacada.
De acordo com os soldados Sienna e Lazarotto, uma moradora ouviu gritos desesperados de uma criança e ligou para o telefone do Projeto Povo, da PM. Os policiais do Batalhão de motos do 12.º BPM cercaram o matagal e avistaram “Binho”.
Ao ver que estava cercado, ele agrediu a menina no rosto e conseguiu escapar. A violência sexual já tinha acontecido. “Ele fugiu de um de nossos policiais, que preferiu amparar a menina naquele momento”, contou a soldado Lazarotto.
Buscas
Os PMs conseguiram ver a roupa que o maníaco usava e continuaram o patrulhamento pelo bairro. Horas depois, um morador aproximou-se e entregou uma foto do suspeito. Com a imagem dele em mãos, os policiais continuaram a caçada durante toda a madrugada.
Por volta das 10h de ontem, eles foram abordados por outro morador, que contou onde “Binho” estava. O maníaco foi preso na Avenida Artur Bernardes, na Vila Isabel.
“A ajuda da população foi muito importante para nós. Depois que souberam o que havia acontecido, as mães que moram por ali ficaram desesperadas e muita gente colaborou e isso foi fundamental para o sucesso da operação”, salientou Lazarotto.
Levado ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), Robson confessou o crime e disse que o cometeu porque havia tomado pinga, vinho e cerveja. Foi autuado por atentado violento ao pudor e tentativa de estupro. A menina foi levada ao Hospital Pequeno Príncipe e submetida a tratamento médico e psicológico.
