Com a prisão de mais uma fiscal da Receita Federal e de outro atravessador de mercadorias na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, subiu para 38 o número de detidos acusados de envolvimento com o contrabando na fronteira com o Paraguai. A fiscal presa foi Maria de Lourdes Costa Rodrigues. Quarta-feira já haviam sido presos 22 policiais federais, três fiscais da Receita, dois policiais rodoviários federais e nove atravessadores.

A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou ontem que ainda não tinha sido decidido o local em que os policiais federais ficarão detidos. Eles estão ocupando um auditório da delegacia. O sindicato da categoria teme pela integridade física deles, caso sejam transferidos para a cadeia pública, onde estão várias pessoas presas pela PF. Para a cadeia, que tem capacidade para 260 presos e abriga seiscentos, foram levados os atravessadores, enquanto os fiscais da Receita e os patrulheiros estão na Polícia Rodoviária Federal.

As prisões foram decretadas em razão das denúncias de que eles teriam formado quadrilha para atuar no contrabando. Os atravessadores contratavam táxis e vans para o serviço. As placas eram repassadas aos policiais e fiscais, que não faziam as fiscalizações necessárias. Estima-se que eles recebessem R$ 200,00 por carro que passava pela ponte sem ser revistado.

Confessos

Segundo o delgado da PF em Foz, Joaquim Mesquita, após verem as provas alguns dos acusados confessaram o envolvimento na facilitação de contrabando. “Outros não chegaram a confessar, prometendo se pronunciar apenas em juízo”, destacou o delegado.

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