Um dos principais ladrões de caminhões do Paraná foi preso na tarde de segunda-feira, em um posto de combustível da BR-476, próximo à Ceasa, no Tatuquara. Nilson Gonçalves da Rocha, 48 anos, é suspeito de mais de 40 roubos e já foi reconhecido por 11 vítimas. Ele estava armado com um revólver calibre 38 mas não reagiu à abordagem e foi levado para a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV).
O modo com que Nilson abordava as vítimas era sempre o mesmo. Ele observava as placas dos caminhões e via quem ia, descarregado, para o sul do País. De acordo com a polícia, com a proposta de um carreto de pneus para uma cidade qualquer, ele contratava os serviço de frete e levava o caminhoneiro até algum local ermo, onde dava voz de assalto e rendia a vítima.
Agressão
Segundo o delegado-adjunto da DFRV, Ronald de Jesus, ele agredia os caminhoneiros e, geralmente, os deixavam amarrados em algum local. “Até o motorista conseguir pedir ajuda, ele já estava longe. Caso fosse parado em algum posto policial, apresentava os documentos do veículo e, como não tinha carga, seguia tranqüilamente até o destino, geralmente alguma cidade de Santa Catarina”, explicou o delegado.
Nilson já era investigado há mais de um ano. Nesse período, mais de 40 boletins de ocorrências foram registrados, todos com o mesmo tipo de assalto. “Ele fazia o assalto, ficava uns dias sem aparecer e depois voltava, para o mesmo local”, contou Ronald. Nos últimos dias, uma equipe de investigação ficou de campana e, na segunda-feira, quando o viram tentando contratar o serviço de caminhoneiros, fizeram a abordagem. “Ele estava armado mas não esboçou reação. Na delegacia ele já foi reconhecido por 11 vítimas e as demais estão sendo contatadas para fazerem o reconhecimento”, completou.
De volta pra prisão
Nilson já foi condenado a 10 anos de prisão por roubo e, há pouco mais de dois anos, fugiu da Colônia Penal Agrícola. Sem residência fixa, disse que, quando não está viajando com caminhões roubados, costuma ficar em hotéis, no centro de Curitiba.
Ele assumiu os crimes e contou que levava os caminhões para São Paulo e entregava para um comprador, que ele não sabe o nome. “Eu era contratado para levar o caminhão”, contou.
O delegado Ronald de Jesus disse que essa informação não é verdadeira e que ele apenas quis atrapalhar a investigação. “Nosso trabalho continua. Prendemos o autor, agora vamos procurar os outros envolvidos, e, quem sabe, recuperar algum caminhão roubado”, completou.