A delegacia de Almirante Tamandaré esclareceu o latrocínio que vitimou o pedreiro e comerciante Jadilson dos Santos, 30 anos, pai de quatro filhos, que implorou de joelhos para não ser morto na frente de seu bar.
O crime bárbaro, que chocou os habitantes da cidade, aconteceu na madrugada do último sábado, no bairro Chico Mendes. O autor dos disparos Anderson Prestes Basílio, o “Pulga”, 19 anos, foi preso na tarde de segunda-feira juntamente com a namorada dele, de 15 anos, e um comparsa de 17 anos. Depois de atirar, Anderson ainda roubou a carteira da vítima, o que caracterizou o latrocínio.
A vítima trabalhava como pedreiro, mas mantinha o bar para ajudar no sustento da família. “Um dos filhos dele é deficiente”, contou o superintendente Job de Freitas, que ficou impressionado com a frieza do bandido.
“Anderson alega que o comerciante ‘mexeu’ com a namorada dele e o fez ficar de joelhos na frente do bar para se vingar”, contou. Enquanto isso, pediu para que a namorada fosse até a casa dele pegar a pistola 9 milímetros.
Segundo Job, o comerciante ficou dez minutos ajoelhado na frente do bar dominado pelo bandido. Quando a garota retornou, Anderson tomou a arma de sua mão e atirou três vezes na cabeça de Jadilson, que antes de morrer, suplicou para que ele não atirasse, pois tinha quatro filhos para sustentar.
“O crime aconteceu na frente de todo mundo, mas ninguém esperava que ele fosse atirar. Todos acreditavam que Anderson fosse dar um susto na vítima. A frieza dele assusta”, comentou.
A mulher de Jadilson estava em casa, que fica ao lado do bar, e chegou a escutar os disparos. “Quando ela chegou, o comerciante já estava morto. Apesar de ser um moleque, ele é um marginal conhecido e tem várias passagens pela polícia”, contou Job. Anderson foi autuado por latrocínio pelo delegado Antônio Macedo de Campos Júnior, que já solicitou a prisão preventiva dele à Justiça.