Um publicitário, suspeito de envolvimento com a quadrilha que se espelhava no facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi preso, ontem, pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Marcelo Caludino da Cruz, 27 anos, é acusado de alugar e vender armas, munições e explosivos ao bando, composto por doze criminosos, presos na semana passada. Os quadrilheiros são acusados de ter assassinado um funcionários da Justiça Federal, o filho de um agente penitenciário e ter atirado uma granada contra um módulo policial no Jardim Social.
De acordo com o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, Marcelo usava um escritório de publicidade como fachada para vender e alugar os armamentos. Ele foi preso
na manhã de domingo, no escritório situado no Capão Raso, por porte ilegal de arma. Com ele, os policiais apreenderam uma pistola calibre 380. Na manhã de ontem, os investigadores retornaram ao escritório, onde encontraram várias munições de calibre 9 milímetros e uma cápsula de fuzil. "Ele dispunha de fuzis, granadas, pistolas e coletes balístico. Vamos investigar onde estão estas armas e de onde elas vêm", disse o delegado.
Durante seu interrogatório, o delegado disse que Marcelo confessou que guardava granadas e que repassou uma delas à quadrilha nos últimos dez dias. A polícia acredita que o explosivo seja o mesmo jogado próximo ao módulo policial. Há duas semanas a Polícia Federal encontrou na chácara de Marcelo um fuzil.
O publicitário, que já ficou cinco anos preso por roubo a banco, vai responder por formação de quadrilha e porte ilegal de arma. Para a imprensa, Marcelo alegou inocência. Ele contou que estudou durante o tempo que esteve preso e que não participava da quadrilha.