Um homem que solicitava cartões de crédito com documentos falsos foi preso ontem, em Almirante Tamandaré. Salvador da Silva Campos, 44 anos, era procurado pela Polícia Civil de Minas Gerais, do Distrito Federal e de Santa Catarina, suspeito de estelionato.

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A operadora de cartões de crédito suspeitou da solicitação feita em nome do deputado federal eleito pelo Ceará, Francisco Ariosto Holanda (PSB), com endereço de entrega na zona rural de Almirante Tamandaré. O limite do cartão era de R$ 20 mil.

Com o cartão em nome do deputado, seria entregue um cartão de crédito em nome do advogado Luiz Henrique de Rezende, com limite de R$ 9 mil. “Ele cadastrava endereços de regiões de difícil acesso. Desta maneira, retirava os cartões na agência dos Correios”, explica o delegado Antônio Macedo de Campos Júnior, titular da delegacia local.

Correspondências

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Os endereços ficavam na Planta Bela Vista e na Planta São João, Tranqueira. A equipe de investigação fez campana por vários dias nos Correios, até que ontem Salvador apareceu para retirar as correspondências.

Ele apresentou documento com o nome do deputado e a própria foto, e uma procuração, escrita à mão, com erros de português, que teria sido assinada por Luiz Henrique, para autorizar o “deputado” a retirar seu cartão.

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Com Salvador foram apreendidas outras cartas, que mostram parte do prejuízo que ele deu à operadora. “Ele fez vários outros cartões em nome de outras pessoas, gastou todo o limite e não pagou. O golpe pode ter sido de milhões de reais”, relata o delegado.

Além do flagrante por falsificação de documento público, Salvador foi indiciado por estelionato. Ele já é investigado em oito inquéritos e responde a dois processos pelos mesmos crimes, em outros estados, e estava em liberdade provisória.

Carro

Salvador foi preso em março. Ele teve o carro roubado em Piraquara, e, dentro do veículo, a Polícia Militar localizou a carteira dele, com documentos falsos. Ao tentar reaver o veículo, foi detido. No mesmo dia, a esposa dele foi presa porque ofereceu dinheiro a policiais para que soltassem o marido.