Acusado de extorquir viciados em drogas, o comerciante Florêncio dos Santos, mais conhecido como “Gordo” ou “Pedrão”, 35 anos, foi preso por policiais da Delegacia de Antitóxicos e autuado pelo delegado Iberê Toniolo. Na casa de Pedro estavam 16 bicicletas, quatro motocicletas, quinze botijões de gás, pneus, relógios, televisores e outros objetos.
De acordo com o delegado a prisão foi possível através da denúncia de que o comerciante estaria trocando objetos por drogas no bairro Fazendinha. “Ele aceitava de tudo”, denunciaram. Outra de suas vítimas contou que comprou 15 reais em crack. Como não tinha dinheiro para efetuar o pagamento deixou uma motocicleta em garantia. Dias depois retornou para pagar a dívida e recuperar a motocicleta e foi ameaçada. Para intimidar o viciado, o comerciante teria ameaçado de morte e lembrado que muitos dependentes de drogas estão sendo mortos por traficantes”, salientou a vítima.
Pontos de venda
A mãe de um viciado, que teria extorquido por Pedro, acusa o comerciante de manter dois bares no bairro Fazendinha, que segundo ela, são pontos de venda de drogas. “Ele já faz isto há cinco anos. Só meu filho é viciado há dois”, relatou a mulher. Ela diz que as crianças do bairro, acima de 12 anos, são viciadas e para comprar drogas “limpam” a casa de seus pais e parentes. “Isto tem que acabar. O pior é que daqui um mês ele volta para as ruas. Eles nunca ficam presos por muito tempo”, lamentou.
Objetos
O delegado Iberê Toniolo informou que apesar da denúncia ser referente ao tráfico de drogas, não foi apreendida nenhuma quantidade de entorpecente. “Dizem que ele vende maconha, cocaína e crack e guardava a droga dentro de uma máquina de lavar velha, mas não encontramos nada”, disse o policial. Ele salientou que apesar disso, foram encontrados vários objetos dos usuários de entorpecentes. Entre eles uma Honda CB-450; uma Honda XL, e uma Titan 125, além de uma jog sem placas. “Estamos aguardando que as outras vítimas compareçam para reconhecerem seus pertences. São viciados em drogas que foram extorquidos pelo Pedro”, enfatizou o delegado.
Pedro nega envolvimento com o tráfico. Ele disse que tudo o que foi apreendido foi comprado por ele. “Vou provar isto. Estas pessoas que me acusam não estão falando a verdade”, garantiu o detido.
