O caminhoneiro João Machado, 37 anos, foi preso sob acusação de matar o estudante Maylon Rodrigo Branco, 16 anos, na noite de Natal, em Curitiba. Ele já havia se apresentado à Delegacia de Homicídios, mas a polícia pediu sua prisão preventiva com base no depoimento de uma testemunha. O acusado segue negando a autoria do crime.
A testemunha era um amigo de Maylon, que o acompanhava na Rua Evaristo da Veiga, Xaxim, na madrugada de 25 de dezembro. O rapaz não teve dúvidas em apontar João, conhecido como João da Sanepar, como autor dos tiros que mataram o estudante. Além do reconhecimento, o delegado Jaime da Luz baseou o pedido de prisão preventiva na discussão que vítima e acusado travaram dias antes do assassinato. “Teriam havido ameaças por parte de João”, falou o delegado.
João reconhece que bateu boca com o rapaz dois ou três dias antes da morte. Segundo ele, o estudante chegou embriagado em a um bar no Xaxim dizendo que quebraria um carro. João, que estava acompanhado de uma mulher e havia deixado seu Voyage do lado de fora, discutiu com o estudante. Uma outra testemunha disse que houve luta, mas o caminhoneiro afirma que as agressões foram apenas verbais.
Na data do crime, o acusado alega que saiu do trabalho, foi a um consultório odontológico no Parolin e voltou direto para casa, no Boqueirão, onde ficou até a manhã seguinte. “Acho que me acusaram para encobrir alguém. Não vi mais o rapaz depois da discussão”, sustenta o motorista, que não tinha passagem pela polícia.