O vício pelo crack teria feito o motorista de uma transportadora simular um roubo de carga para conseguir dinheiro e comprar mais drogas. Silvio Antônio Batista Junior, 27 anos, foi abordado por policiais militares no início da madrugada de ontem, no momento que descarregava mais de 24 quilos de polietileno (plástico granulado), na Vila Torres. Ele confessou à polícia que a intenção era vender a mercadoria, no valor de R$ 81.463 mil, e depois registrar falsa queixa de furto.
A tramóia do motorista foi descoberta no momento que ele descarregava o material do caminhão Ford Cargo, placa IKL-2919, no quintal de uma casa, na Rua Manoel Martins de Abreu. Os policiais militares do 13.º Batalhão de Polícia Militar estavam fazendo patrulhamento pela região e suspeitaram da movimentação. Ao ser abordado, Silvio admitiu que estava roubando a carga e que a intenção era vendê-la por quilo, por um valor abaixo do mercado.
Ele havia saído da cidade de Montenegro, Rio Grande do Sul, rumo a Guarulhos, em São Paulo, onde iria entregar o plástico. Quando passou pela Vila Torres, abordou um morador e ofereceu R$ 30,00 pelo “aluguel” do terreno onde pretendia deixar o polietileno. Ele também pagou R$ 20,00 para cada um dos quatro homens que chamou para ajudar a descarregar o caminhão.
A transportadora já estava à procura do veículo, que estava atrasado, porém os responsáveis não registraram queixa na polícia e isso fez com que Silvio fosse autuado apenas por abuso de confiança. “Durante a viagem ele gastou todo o dinheiro que tinha em crack, e como já estava atrasado resolveu vender o plástico e registrar falsa queixa de furto”, contou o delegado Roberto Heusi, titular da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas.