Presidiário tortura a mulher e mata o concunhado

Conhecido por integrar uma das quadrilhas mais perigosas de roubo de caminhões do Sul do País, o presidiário Ageu Luciano Leal, 29 anos, cometeu mais um crime na madrugada de ontem.

Tomado pelo ciúmes, ele torturou a mulher por horas em um matagal e depois assassinou o concunhado, Alcir Cristofoline, 34.

Inesperadamente, por volta das 18h30 de domingo, Ageu voltou para sua casa, em Fazenda Rio Grande, para ver a esposa e os filhos. Ele cumpre pena em regime semi-aberto na Colônia Penal Agrícola (CPA) e, na semana anterior, já teve direito à saída de portaria, que é concedida apenas uma vez ao mês.

Foto: Átila Alberti

Ageu cumpria pena na CPA.

Traição

Com o argumento de visitar a casa que pretendia comprar, por volta das 20h30 de domingo, o casal deixou os filhos e saiu de moto. No meio do caminho, começou o pesadelo da mulher. Ageu entrou em um matagal e passou a espancá-la.

Um preso, que se diz pai-de-santo, teria dito que a mulher o traía com Alcir Cristofoline, 34, que é marido da irmã dela. A tortura, com chutes, socos e tapas durou cerca de seis horas.

Por volta das 3h o casal seguiu até a casa do irmão de sua esposa, na Rua Saíra Dourada, no Sítio Cercado. Lá, Ageu continuou as agressões e passou a ameaçar, com um revólver, o rapaz e a esposa dele.

O criminoso obrigou-os a ligar para a outra irmã, casada com Alcir, e dizer que alguém passava mal. Por volta das 4h, Alcir e a esposa chegaram.

Tiros

Não deu tempo nem do casal entrar na casa, Alcir morreu no quintal, com uma saraivada de tiros. Depois de cometer o crime, Ageu fugiu na moto, sem placa, zero quilômetro. O veículo, retirado da loja pela esposa dele, seria para o criminoso trabalhar depois que saísse da cadeia. Alcir deixou um filho de 6 anos e um bebê de 40 dias.

O crime será investigado pelo 10.º Distrito Policial (Sítio Cercado), porque a autoria é conhecida. O primeiro passo da polícia será investigar como Ageu conseguiu deixar a CPA pela segunda vez no mesmo mês.

Metido em roubos

Ageu foi preso em novembro de 2005, pelo Núcleo de Repressão Econômico (Nurce). Ele e quatro comparsas foram acusados de fazer falsos chamados a empresas de caminhões-guincho e roubar os veículos, depois de render os motoristas.

Em seis meses, a quadrilha teria cometido dez roubos, que provocaram o fechamento de três empresas do setor. Segundo a polícia, o bando causou prejuízo de mais de R$ 800 mil, sendo considerada a mais forte do Sul do País.

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