O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, comentou o acidente que envolveu o deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho, que resultou na morte de Gilmar Rafael Yared e Carlos Murilo de Almeida, no início deste mês.
“Este é mais um desses casos de má compreensão da função pública”, afirmou. Ele comentou que o deputado estava com a carteira cassada e mesmo assim continuava a dirigir, “porque tinha certeza que jamais seria impedido em função de seu cargo”. O presidente da OAB esteve ontem em Curitiba. Ele também visitou a nova sede da subseção em Castro e hoje inaugura o prédio da subseção de Foz do Iguaçu.
Repercussão
Para Britto, casos de grande repercussão social precisam ter um julgamento rápido, pois a sociedade precisa de uma resposta. “Casos como este têm que ser julgados rápido para não estimular este mesmo raciocínio. A impunidade é grave no Brasil.”
O presidente da OAB disse que o foro privilegiado é incompreendido pelo nome que tem, pois parece que se dá benefício a alguém que já o possui. “Mas este não é o sentido. O processo vai direto para a segunda instância”, contou. “A solução não é acabar com o foro privilegiado. É melhorar o Judiciário para que seja eficaz e não sinônimo de impunidade”, ressaltou.