A quadrilha suspeita de executar assaltos violentos contra ônibus de sacoleiros, em quatro estados, foi detida ontem, por policiais civis de Santa Catarina. As prisões aconteceram em Curitiba e em uma chácara de Araucária. Segundo a polícia, só no território catarinense, 15 ataques a ônibus foram feitos pelos bandidos, que teriam “arrecadado” enre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões.
Com os cinco detidos foram apreendidas fardas policiais, dois fuzis, quatro pistolas, uma metralhadora, um revólver, quatro coletes balísticos e farta munição. Segundo o delegado Anselmo Cruz, da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (DEIC), e chefe da Divisão de Furtos e Roubos de Santa Catarina, a quadrilha agia desde o norte do Rio Grande do Sul até o sul de São Paulo.
“Fardados como policiais rodoviários e empunhando armas de grosso calibre, montavam falsas blitze. Eram muito violentos. Depois de roubar dinheiro e objetos, trancavam os passageiros nus na área de bagagens dos ônibus”, descreveu Anselmo. O alvo sempre era sacoleiros que iam fazer compras na Rua 25 de Março, na capital paulista.
Chefões
Conforme as investigações, que se intensificaram nos últimos três meses, Levi Pereira, 30 anos, e Sidnei Ferreira de Amorin, 31, eram os líderes da quadrilha. “Eles planejavam e executavam os assaltos e recebiam auxílio das esposas, que dirigiam ou transportavam as armas”, explicou o delegado.
Maira Ribeiro Morais, 28, e Roseli Morais, 29, também foram presas. Márcio José Gonçalves Oliveira, 32, era quem cuidava do sítio em Araucária, que funcionava como quartel general da quadrilha. “Lá era feita divisão do dinheiro. O local também servia de depósito para armas e fardas falsas”, contou Anselmo. Outros parentes deles foram presos anteriormente pelo mesmo crime. O quinteto foi levado para a delegacia de Joaçaba, no oeste catarinense.
