A polícia identificou nove pessoas acusadas de incendiar dois ônibus em São José dos Pinhais nos meses de maio e junho deste ano. Três deles já estavam no sistema prisional, três foram presos nesta sexta-feira (16) e três continuam foragidos. Paulo Monteiro, 23 anos, que está preso na Casa de Custódia de Curitiba é apontado como mandante dos atentados. Ele justificou que queria chamar atenção porque estaria sofrendo maus tratos dentro da cadeia, disseram os policiais.

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Além dos dois incêndios aos ônibus, Paulo é acusado de seis homicídios e dois assaltos, um deles em Santa Catarina.

“Ele achou que era mais uma vítima do sistema e resolveu tocar fogo nos ônibus. Ele passava as informações para sua mulher e ela repassava para seu sobrinho que comandou os crimes fora da prisão. Apesar dele afirmar que é membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), nós ainda não conseguimos estabelecer nenhuma ligação que ele possa ter com o grupo criminoso”, disse o delegado Osmar Dechice, que chefia as investigações.

Ainda de acordo com a polícia, o grupo planejava queimar mais um ônibus em São José dos Pinhais. “Tendo em vista que os dois atentados não tiveram o efeito esperado por eles na imprensa, planejavam entrar em ação mais uma vez, mas conseguimos prender todos antes que isso acontecesse”, afirmou Dechiche.

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Além de Paulo, estão presos Eledionicio de Souza Lima, 41 anos, Lucas Lucio da Silva, 25 anos, Adriano Felipe de Jesus, 22 anos, Rodrigo Monteiro Oliveira, 22 anos, que o primo de Paulo e a mulher do mandante Valdenir Marques da Silva, 31 anos. Leon Ferreira de Araujo, 24 anos, Robinson Moralizi Almeida, 22 anos, e um rapaz identificado apenas como Fernando são acusados de participar dos crimes, mas continuam foragidos.

Motorista ferido

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O primeiro ônibus foi queimado no dia 6 de maio. O motorista que dirigia o veículo, Ricardo Escanilha, é Policial Militar aposentado e tentou reagir. Segundo testemunhas ele por pouco não conseguiu tirar a arma das mãos do bandido, mas foi surpreendido por outro comparsa que jogou gasolina nele e ateou fogo. Ricardo ficou 45 dias internado  no Hospital Evangélico em Curitiba. O segundo incêndio foi no dia 20 de junho.