Quatorze integrantes de uma mesma quadrilha especializada em seqüestro de empresários foram presos por policiais do Grupo Tigre após cinco meses de investigação. Um empresário paulista ligado ao ramo de máquinas de bordado e que estava em poder dos marginais foi resgatado em segurança. Ele estava em cativeiro há dois dias, numa chácara em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. De acordo com o delegado Riad Farhat, responsável pelo grupo de elite da Polícia Civil, a quadrilha está envolvida em pelo menos 60 seqüestros ocorridos no último ano. Em cada uma das ações criminosas, o grupo arrecadava entre R$ 100 mil a R$ 500 mil.
O bando agia sempre da mesma forma. Através de anúncios em jornais de circulação nacional, oferecia diversos produtos com preços menores do que os praticados pelo mercado. Esse era o chamariz para que empresários entrassem em contato com os “vendedores” e combinassem a compra. Para o fechamento do negócio, os empresários deveriam vir a Curitiba.
Seqüestro
Na capital paranaense, os empresários eram recepcionados pelos marginais, normalmente no aeroporto. Com a desculpa de que seriam levados até um galpão ou barracão para a finalização da compra, as vítimas eram encaminhadas direto para o cativeiro. Lá, elas tomavam conhecimento de que estavam sendo vítimas de um seqüestro. Três chácaras na Região Metropolitana -em Colombo, Campina Grande do Sul e Quatro Barras – serviam de locais de cativeiro. Os reféns eram obrigados, mediante ameaças de morte, a entrar em contato com a empresa ou familiares e mentir que o negócio havia sido fechado e que o dinheiro deveria ser depositado numa conta corrente, pré-determinada pelos marginais. Somente depois que o dinheiro era retirado é que o refém era libertado. “Geralmente, o seqüestro durava entre três e quatro dias e as vítimas eram de todos os cantos do País”, afirmou Riad.
No cativeiro estourado pela polícia estavam cinco seqüestradores. A vítima estava em uma sala da casa, mas não estava amarrada. Os marginais estavam de posse de um revólver calibre 38 e armas de brinquedo. Os demais integrantes foram presos em casas localizadas em municípios da Região Metropolitana.
Segundo o delegado, a quadrilha era chefiada por Vladimir Carvalho Grades e outro homem conhecido apenas por Gilberto, ambos foram detidos.
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