“Elisângela”, apanhada num
banco de praça, vendendo crack.

Mais uma acusada de envolvimento no esquema de tráfico de drogas na região central de Curitiba foi presa por policiais da Delegacia Antitóxicos, no final da tarde de segunda-feira. Eliane Brás Machado, 35 anos, conhecida pelo apelido de “Elisângela”, estava na Praça Generoso Marques e foi recolhida através de mandado de prisão expedido pela Justiça. Ela é a 22.ª pessoa presa desde a última quinta-feira, quando teve início a operação de repressão ao tráfico de drogas, realizada pela delegacia especializada com o apoio do Grupo Fera. Do total de presos, 20 tinham mandados expedidos por serem suspeitos de participar do tráfico de drogas, enquanto os outros dois eram foragidos da Colônia Penal Agrícola (CPA), em Piraquara.

De acordo com o delegado do Grupo Fera, Alfredo Dib, Elisângela aparece nas filmagens feitas pelos policiais – para apurar a identificação dos traficantes – e teria confessado que além de usuária de drogas ela comercializava crack e maconha na região central da cidade. “Quando foi presa, ela estava sentada no mesmo banco da Praça Generoso Marques, onde havia sido filmada. De cada três pedras de crack que pega para vender, uma ela consome”, explicou Dib. A detida nega a comercialização dos entorpecentes e diz que é usuária de crack há dez anos.

Mandados

O titular da Delegacia de Antitóxicos (Datox), Vilson Toledo, informou que ainda restam 13 mandados de prisão para serem cumpridos. “Dos 33 mandados solicitados já cumprimos 20”, comemora, ressaltando que o combate ao tráfico de drogas vai continuar. Toledo explicou que a intenção do trabalho que está sendo desenvolvido pela Datox não é apenas apreender quantidade de drogas, mas trazer mais segurança à comunidade. “Por trás do narcotráfico estão outros delitos que são cometidos em virtude do uso ou relacionamento com as drogas. São furtos e roubos de residências e veículos, homicídios, dentre outros”, afirmou o policial.

Os dois delegados reafirmaram que o importante desse trabalho foi livrar a região central de pessoas que estão relacionadas ao aumento de criminalidade no local.

As investigações que resultaram na prisão dessas pessoas tiveram início há quase três semanas e produziram diversas filmagens e fotografias que embasaram os pedidos de prisão feitos à Justiça. Dentre os presos estão Jurandir Prestes e Eva Nauderi Gonçalves, a “Nauda”, considerados pela polícia como responsáveis pela estrutura de tráfico de drogas no Parolim e centro de Curitiba. O casal residia em uma fortaleza vigiada por câmeras de segurança, situada no mio da favela do Parolim, e que tem como fachada uma mercearia.

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