Foragida há quase dois anos,suspeita de ter tramado o assalto a um posto de combustíveis, Patrícia Cabral da Silva, 24 anos, foi detida ontem, por policiais da Delegacia de Vigilâncias e Capturas (DVC), na casa de seus pais, em Araucária.

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Em maio de 2007, a então funcionária do posto estava grávida de cinco meses, quando foi baleada na barriga durante o roubo. Ontem, a jovem aproveitou o Dia das Crianças para visitar as filhas Angelina, 2 anos, e Patrícia, 7, que são criadas pelos avós, e foi presa pelos policiais Henrique e Pimentel.

A garota passou de vítima a suspeita do crime. O advogado de um dos assaltantes apresentou à polícia uma fita cassete com a conversa telefônica, em que a garota confessa ter tramado o assalto e pedido para que o rapaz atirasse na lateral da barriga a fim de não atingir o bebê – para receber indenização de R$ 150 mil. A fita foi submetida a perícias que confirmaram que a voz era de Patrícia.

Negação

A jovem foi indiciada na Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), e em fevereiro de 2008 teve sua prisão decretada pela participação no assalto. Desde então, estava foragida.

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Patrícia foi presa por volta do meio-dia na Rua Arara, Jardim Califórnia. Magra e de cabelos escuros, Patrícia permaneceu cabisbaixa e negou o crime. Ela foi encaminhada ao Centro de Triagem I.

Patrícia alegou inocência e alegou que “a fita não prova nada”. Com a voz embargada e dizendo frases confusas, a garota afirmou que não conhecia os assaltantes e, em nenhum momento, pediu para que atirassem na barriga. Ao ser questionada se foi obrigada a cometer o crime, Patrícia resumiu: “Não posso falar nada”.

Só um atrás das grades

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O assalto foi cometido em 14 maio de 2007 no posto de combustíveis, na esquina da Avenida Sete de Setembro com Desembargador Westphalen no centro.

Patrícia, que havia trocado de turno com uma colega naquele dia, foi rendida com um frentista por três homens armados. Antes de fugir levando um cofre com cerca de R$ 60 mil, um dos assaltantes voltou e disparou contra a jovem. No final de maio, três suspeitos foram presos e reconhecidos pela jovem.

Porém, mais tarde, a polícia concluiu que o trio não teve participação no roubo e descobriu a identidade dos verdadeiros suspeitos. O único que permanece preso, segundo a polícia, é Luiz Carlos Cândido, 34 anos, que cumpre pena na Casa de Custódia.

Márcio Leandro Resende, 26, em cuja casa foi encontrado o cofre roubado, continua foragido, e Sidimar Tiago Oliveira, 21, está em liberdade provisória. Em depoimento à polícia, eles afirmaram não saber que a garota estava grávida.