A prisão do pai, condenado em 2012, não foi alívio para um menino, de 9 anos, e uma garota, de 12, que sofriam frequentes estupros. A mãe não apenas aceitava, como também participava dos crimes. Ela continuou a abusar do filho, introduzindo objetos sexuais na criança, e foi presa pelo Núcleo de Proteção à Criança e aos Adolescentes Vítimas de Crime (Nucria) na manhã desta quinta-feira (26).

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As crianças sofriam violência sexual há pelos menos quatro anos. Segundo a delegada Sabrina Alexandrino, o pai dormia um dia com a filha e o outro com o menino. “A mãe não apenas era conivente, como tinha uma participação ativa, a ponto de sugerir que introduzisse objetos de cunho sexual nas crianças, além de gravar e fotografar os atos possivelmente para divulgação”, afirma.

Vídeos

As crianças eram obrigadas a contracenar para os vídeos. “O menino narra que ele tinha que pegar na região genital da irmã e vice-versa, e fazer posições que encenam situação de sexo. Era tortura sexual”, avalia a delegada. Caso se negassem a participar, as crianças apanhavam.

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O pai foi preso em agosto de 2012. A partir de então, a guarda da garota ficou com uma outra pessoa da família e o menino continuou morando com a mãe. Para que os filhos não a denunciassem, a mulher os ameaçava, dizendo que iria matá-los e esconder os cadáveres. A garota passou por rigoroso tratamento psicológico, o que a encorajou a contar que sua mãe participava dos crimes.

Segundo Sabrina, os dois filhos passaram por exames do Instituto Médico-Legal (IML) novamente. “O laudo do IML comprova que, enquanto o menino estava sob a guarda da mãe, houve ato libidinoso com introdução de objeto de cunho sexual”, afirma.

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Aterrorizante

A delegada destaca que o depoimento da criança foi aterrorizante. O menino contou que, para a penetração, a mãe usava pelo menos oito tipo de vibradores de vários tamanhos. Já a garota teve o laudo negativo. A delegada acredita que ela parou de sofrer abusos, já que a mãe apenas fazia visitas na casa do parente que abrigava sua filha.

A mulher não confessou o crime à polícia. “Ela preferiu se manter em silêncio e se manifestar somente na presença do juiz”, disse a delegada. O Nucria aguarda o deferimento da Justiça sobre o pedido de busca e apreensão na casa da suspeita, a fim de encontrar os objetos sexuais usados nos crimes.

“É de uma barbárie que até então eu não tinha visto”, comenta Sabrina. A mulher foi autuada por estupro e produção de cena pornográfica envolvendo criança.