Dois homens, presos por tráfico de drogas na madrugada de domingo (2), em um bar no Centro, são suspeitos de participar da morte da empresária Clemans Abujamra, em 27 de abri. Jonathan Juliano Veiga do Prado, 33 anos, e Sérgio Evaldo Leonel, 40, o “Serginho Correria”, foram apresentados ontem, na Delegacia de Homicídios.
Os dois já tinham passagens na policia por roubo e tráfico de drogas, e segundo investigadores, antes mesmo de saber porque eram abordados, disseram que não haviam matado ninguém.
O delegado Rubens Recalcatti, titular da DH, disse que uma informação anônima avisou que os dois estavam com drogas e envolvidos no crime da empresária. “Ainda nos faltam evidências que efetivamente os relacione com a morte de Clemans, no entanto, as informações são importantes e eles vão continuar presos pelo tráfico de drogas”, explicou o delegado. Com eles foram apreendidos 280 pedras de crack, 36 buchas de cocaína, 15 gramas de maconha e 36 comprimidos de ecstasy.
Denúncias
Desde o dia do crime, a polícia recebeu várias informações que levaram a diversas linhas de investigação. Uma delas é que a empresária havia sido morta em disputa por herança. “Não vamos abandonar todas as possibilidades, mas vamos focar nossos esforços em entender de que forma o Sérgio e o Jonathan entram na história e como o crime aconteceu”, completou Recalcatti.
Clemans foi encontrada morta por volta das 7h daquela segunda-feira, com pelo menos 12 facadas, no entanto, o último contato foi no sábado, por volta das 11h, quando foi até o apartamento da irmã. “Temos imagens do sistema de monitoramento que mostra a mulher andando tranquilamente por mais de 10 quadras. Também temos informações que podem relacionar a morte da mulher com o tráfico de drogas, mas tudo isso ainda não passam de linhas investigativas”, explicou Recalcatti.
O perito do Instituto de Criminalística que analisou o corpo, disse que Clemans foi abandonada no local do crime, no Campina do Siqueira, entre 18 e 36 horas depois de ser morta.