Ousadia é o termo que descreve os roubos em seqüência e a fuga de Alexandre da Silva Ribeiro, 18 anos, e de Célio Rodrigues da Costa, 29. Eles praticaram um assalto em Corbélia, Norte do Estado, na sexta-feira à noite, contra policiais rodoviários estaduais, e foram presos na tarde de sábado, em Fazenda Rio Grande, região metropolitana de Curitiba. Ambos trocaram tiros com a polícia e Alexandre, atingido no braço, foi levado ao Hospital Cajuru. Vendo que estava cercado e sem o apoio do comparsa, Célio se entregou.
O primeiro roubo, na sexta-feira à noite, ocorreu no posto da Polícia Rodoviária Estadual, em Corbélia. Percebendo um Astra vindo em alta velocidade, os patrulheiros solicitaram que o veículo parasse para ser fiscalizado. O que os dois policiais não contavam é que, de dentro do Astra, Alexandre e Célio saíssem armados e os rendessem. Os bandidos roubaram uma pistola, dois coletes balísticos e a viatura policial, e ainda levaram os dois patrulheiros como reféns. Numa determinada altura, os policiais foram deixados na estrada e a viatura abandonada num matagal, próximo a Cascavel.
Ampére
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Célio se entregou. |
Depois disso, os marginais chegaram a Ampére, município próximo de Cascavel, onde tomaram em assalto a S-10 preta, placa ANY-5996. Com a caminhonete, seguiram em direção à capital e abandonaram o veículo no bairro Santarém, em Fazenda Rio Grande, às 9h30 de sábado. Desde o roubo aos patrulheiros a dupla estava sendo monitorada e finalmente a polícia a abordou, às 16h de sábado, nos fundos do Auto Posto 21, em Fazenda Rio Grande. O estabelecimento faz fundos com o bairro Eucaliptos, onde Alexandre mora com parentes. Acredita-se que a dupla tentaria correr para se esconder, quando percebeu que era seguida.
No posto eles abandonaram o Uno placa CJT-3948 (Rio Branco do Sul), pertencente a um parente de Célio e sem alerta de roubo. Com a aproximação da polícia atiraram e houve revide. Alexandre foi atingido no braço e Célio preso.
O delegado de Fazenda Rio Grande, José Mário Franco, autuou os marginais por receptação, disparo de arma de fogo e resistência à prisão. Depois disso, a polícia ficou até a meia-noite de domingo procurando a pistola e os dois coletes dos policiais rodoviários de Corbélia, que os bandidos esconderam em lugares diversos, em Curitiba e Fazenda Rio Grande. O material foi recuperado, mas as armas que Alexandre e Celso usaram no tiroteio no posto não foram localizadas.
A polícia suspeita que há ramificações da quadrilha.