“Matei e mataria de novo”, afirmou Velber Rodrigues da Silva, 19 anos, conhecido como “Binho” e apontado como autor de pelo menos cinco homicídios. O amigo dele, Indiomar Cleiton Baes, 20, o “Índio”, que também se orgulha da vida criminosa, assumiu a participação em três assassinatos. Os dois foram presos pela delegacia de São José dos Pinhais, depois de quase dois meses de investigação. Eles devem ser transferidos para o Centro de Triagem II nos próximos dias.

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Os dois, sem demonstrar nenhum tipo de arrependimento, deram os detalhes de cada crime. “Binho” disse que todas as pessoas foram mortas porque tinham “pilantrado” com ele. “É briga de gangues. Eles só morreram porque pisaram na bola. Não me arrependo de nada não”, afirmou o rapaz. “Índio” contou que, quando apertou o gatilho pela primeira vez e matou uma pessoa, ficou “meio chocado”, mas depois “pegou gosto”. “O primeiro foi difícil, mas depois foi que nem beber água”.

Drogas

“Binho” relatou que matou sozinho Luana Sabrina Ferreira, 15, e Renata Águida dos Santos, 21, porque as duas eram usuárias de drogas e deviam para ele. Nos outros crimes, “Binho” e “Índio” agiram juntos. Eles mataram Jonathan Soares Dória, 18, e dois meses depois, invadiram uma casa na Planta São Marcos e mataram Alexsandro Pastore, 20, e Patric Pedro David, 16. Na mesma residência duas pessoas foram baleadas, mas sobreviveram.

O superintendente Clóvis Pinheiro disse ter desconfiado, por conta da confissão espontânea, que eles poderiam estar assumindo a autoria dos crimes a mando de algum traficante. “No entanto, eles deram detalhes dos crimes, como posição das vítimas e quantidade de tiros”, explicou Clóvis.

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Outros

O delegado Gil Tessaroli explicou que os suspeitos eram investigados há pouco mais de um mês e tinham mandados de prisão. “Eles matam como se fosse comum e banal. O motivo do crime é a disputa pelo comando dos pontos de tráfico de drogas na região”. As investigações continuam, pois a polícia tem informações que eles participaram de outros crimes, mas não conseguiu provas suficientes para incriminá-los.

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Veja declarações deles no vídeo.