O aposentado Alexandre Pavilak, 83 anos, combatente da Força Expedicionária Brasileira (FEB), foi morto a pauladas por assaltantes na madrugada de ontem. O latrocínio (roubo com morte) aconteceu no sítio onde a vítima morava com a família, em uma estrada de chão, próxima ao quilômetro 32 da BR-116, na região de Figueira, Jaguatirica, em Campina Grande do Sul.
A suspeita é que o ex-militar foi atraído por conhecidos que fingiram precisar de ajuda. De acordo com informações da família, Alexandre lutou pelo Brasil na 2.ª Guerra Mundial.
Apesar da idade e das três aposentadorias que recebia, Alexandre levava uma vida ativa. Mantinha um armazém dentro de casa, onde morava sozinho, e vendia comidas, bebidas, gás e outros produtos. “Independente do horário, ele sempre atendia as pessoas”, disse uma conhecida da vítima.
O aposentado já havia sido assaltado cerca de 15 vezes e sempre tomava cuidado. “Ele comprou um revólver e uma espingarda para se proteger”, contou a filha, Julia Pavilak. Por conta disso, os familiares não acreditam que ele teria aberto a porta da casa para alguém estranho sem se precaver.
Invasão
Pelo que foi apurado pela polícia, os bandidos arrombaram o portão de entrada do sítio, de madrugas e foram até a porta da cozinha, onde o aposentado recebia os clientes. Alexandre abriu a porta e foi atacado. Na luta corporal, o idoso foi golpeado na cabeça com o pedaço de pau que trancava a porta, até morrer.
De acordo com Julia, foram roubados cartões de bancos (com as senhas), o revólver, a espingarda, munições, alguns instrumentos musicais e equipamentos usados para montar cavalos. Os marginais colocaram os objetos em um veículo e fugiram.
No início da manhã, Julia, que mora no sítio, em uma casa ao lado, desconfiou que o pai não havia acordado para dar comida aos porcos, como fazia diariamente. Ela pediu a um filho que fosse ver o que havia acontecido e o garoto encontrou o avô morto.
Na frente da casa estava jogada a carteira do aposentado, com documentos revirados. Julia disse que ficou acordada até a meia-noite e não ouviu nenhum barulho suspeito. O crime será investigado pela delegacia de Campina Grande do Sul.
