A concentração de jovens consumidores de drogas e bebidas alcoólicas nas imediações da Praça Maria Polenta, no Água Verde, vem deixando moradores locais temerosos. Alguns deles relatam, inclusive, terem se tornado vítimas de violência por parte dessas pessoas.
É o caso de um empresário, identificado como Júnior, morador em um edifício na Rua Carneiro Lobo, próximo à praça. Ele foi agredido por aproximadamente 15 indivíduos quando chegava no prédio, acompanhado da esposa, no início da madrugada de sexta-feira.
?Achei que ia morrer. Levei garrafadas, pedradas, pontapés. E são pessoas que moram na região, bem vestidas. Não são moradores de rua ou de bairros afastados?, contou o empresário. De acordo com ele, a violência iniciou quando estacionava o carro, em frente ao edifício.
?Dois jovens se aproximaram do lado direito do carro, onde estava minha mulher, e começaram a pedir coisas. Falei para eles saírem, mas eles insistiram?, relatou. Na seqüência, Júnior saiu do carro para discutir com os indivíduos e foi agredido. ?Rapidamente, surgiram diversos vândalos da praça e todos continuaram a me bater?, acrescentou. Enquanto via seu marido ser espancado, a mulher foi trancada no carro. ?Eles não me deixaram sair. Falaram que era briga de homem?, declarou a esposa.
Após a confusão, os marginais roubaram um aparelho celular, uma jaqueta e uma corrente de ouro do empresário. Acionados, policiais foram até o local da agressão. Porém, segundo o casal, apenas alguns baderneiros foram detidos e, em seguida, liberados.
Drogas e bebidas
De acordo com as vítimas, os vândalos se reúnem diariamente na Praça Maria Polenta e em frente a um supermercado 24 horas, na esquina das ruas Getúlio Vargas e República Argentina. ?Passam o dia inteiro consumindo drogas e comprando bebidas alcoólicas?, disse Júnior. Comerciantes locais confirmam as denúncias do empresário e ressaltam que, durante a madrugada, é perigoso passar pela região, por causa desse grupo de marginais.
?Já houve casos de taxistas agredidos e brigas entre bandos rivais. Todo fim de semana a praça vira um palco de barbaridades e não há policiamento?, indignou-se um comerciante, que prefere não se identificar. O bando, segundo os reclamantes, é formado por jovens (homens e mulheres), entre 18 e 20 anos.
