A Praça do Japão, localizada no bairro Batel, vem sendo considerada um dos logradouros públicos mais perigosos de Curitiba. Moradores, proprietários de estabelecimentos comerciais e pessoas que trabalham nas proximidades do lugar andam amedrontados devido à grande quantidade de assaltos que vem acontecendo nos últimos tempos.
A proprietária de uma banca de revistas, Joyce Pazinato, teve seu estabelecimento arrombado há quinze dias. Ela conta que os ladrões não levaram muita coisa, apenas maços de cigarro, mas que lhe deram um enorme susto. “Instalei um sistema de alarme na banca, mas não consigo mais ficar tranqüila”, conta. “Soube de outras lojas próximas à praça que foram invadidas e temo ser roubada novamente.” Joyce diz que a praça é um local importante da cidade, que atrai muitos turistas e merece maior atenção. “O que está acontecendo aqui é impressionante. Todo mundo vive amedrontado”, afirma. “Não há policiamento e as pessoas começam a se sentir expostas e totalmente desprotegidas.”
O taxista Augustinho Ribeiro do Prado, que diariamente permanece em um ponto localizado na praça, conta que os principais causadores do problema são menores de idade, que costumam passar a noite em construções próximas e, muitas vezes, ficam fumando maconha na praça. “Nunca fui assaltado, mas diversas vezes os meninos vieram me pedir dinheiro e cigarros. Tenho que ficar o tempo todo atento. Não dá nem para cochilar enquanto espero passageiros”, declara.
A empresária Roselaine Catarino, que há dez anos vive na região, conta que evita passar pela praça durante a noite. Ela revela que sua irmã já presenciou um assalto e diz ter muito medo de ser a próxima vítima. “Principalmente à noite, a Praça do Japão é muito perigosa. Não tenho coragem de passar pelo local, pois não há policiamento”.