Moradores da Vila Torres, Prado Velho, fizeram protesto pacífico, no início da noite de ontem, pedindo mais segurança na região. Cerca de 70 pessoas, a maioria mulher, adolescentes vestindo uniforme escolar e crianças usaram faixas e cartazes para demonstrar revolta contra episódios de violência na vila. A exemplo do protesto que fez a vila ferver no começo do mês, os manifestantes escolheram fechar a Rua Chile, perto da trincheira nova, que faz parte das obras da Avenida das Torres (Comendador Franco), para a Copa do Mundo.

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Diferente da última manifestação, que teve barricadas em chamas e confronto com a Polícia Militar, o grupo foi bem menos radical. Fechou a Rua Chile depois do cruzamento com a Rua Manoel Martins de Abreu, permitindo que os motoristas fizessem desvio por dentro da vila. Apenas os carros eram obrigados a desviar, os ônibus tinham passagem livre. A barreira durou cerca de 40 minutos e antes das 19h o tráfego foi liberado. Vários policiais militares acompanharam o protesto.

Indignação

A indignação era principalmente por conta de atentado a tiros, na segunda-feira, contra três vítimas. Depois do jogo do Brasil, os três homens foram baleados, um deles de raspão, por marginais em um Fox prata. Os dois feridos com mais gravidade foram levados ao Hospital Cajuru e um recebeu alta na manhã seguinte.

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Natalino Batista Ribeiro, 37 anos, continua internado na UTI, com risco de morrer. Segundo os moradores, ao contrário de outras vítimas baleadas na vila nos meses anteriores, Natalino não tem envolvimento com a criminalidade nem na disputa de gangues. Além da revolta com estes crimes, alguns manifestantes fizeram denúncias de corrupção policial, mas não citaram nomes. Anteontem, uma viatura do 12.º BPM foi recebida a tiros e pedradas ao tentar entrar na vila. Depois disso, os policiais conseguiram fazer incursão e capturaram duas pessoas.