População carcerária aumenta 5,5% no Paraná

A população carcerária do Paraná é de 8.244 presos, um crescimento de 5,5% em relação ao total do ano passado (7.808) e de 69,8% comparado ao número de 2001 (4.853). A maior parte está concentrada nas penitenciárias de Curitiba – 902 na Colônia Penal Agrícola, 1.529 na Penitenciária Central do Estado e 922 na Provisória de Curitiba. 63,3% (5.221) desses presos vêm do interior, enquanto os outros 2.538 são da Região Metropolitana de Curitiba.

Além de registrar a movimentação da população carcerária, o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) atualiza trimestralmente e disponibiliza para pesquisa pública o perfil desses presos, com informações sobre o grau de escolaridade, os crimes cometidos, a situação criminal, faixa etária, raça e até estado civil. Quase metade da população carcerária (3.964 presos) é solteira. ?Esses dados são valiosos para que o tratamento possa ser feito de acordo: desde a escolaridade até tratamentos e terapias?, afirma o diretor da Prisão Provisória de Curitiba, Raul Leão de Araújo Vidal.

Uma informação que chama a atenção dos envolvidos com essa realidade é o aumento das ocorrências que envolvem entorpecentes. ?A nossa população é de 920 pessoas, 50% delas hoje estão por drogas, do restante, 40% são crimes ligados à droga: assalto, roubo, homicídio?, revela o diretor. ?Com a droga, as classes B e C passaram a entrar no crime, temos muitos universitários e a idade está diminuindo bastante?, afirma Raul Vidal. Em 2001, havia 559 presos por tráfico de entorpecentes. Esse ano, são 1.422. Em relação à idade, 33,3% (2.676 presos) têm entre 18 e 25 anos e 23,1% (1.861), entre 26 e 30 anos.

Porém os crimes que ainda lideram o ranking de ?enquadramentos? são roubo – 3.160 (27,5% da população carcerária) – e furto, 1.575. ?O que mais aflige a população é a violência física ou ao patrimônio?, comenta o coordenador assistente do Depen, coronel João Krainski Neto. Já o número de presos por lesões corporais, que era de 234 em 2001, caiu para 199 este ano. O número de estelionatários presos também teve queda: de 165 em 2001 para 160 em 2005.

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