No início da madrugada de ontem, o mecânico Maciel Brito, 23 anos, deu entrada no Hospital de Itaperuçu, já sem vida. Ele foi vítima de um golpe certeiro no coração, proveniente de arma branca, provavelmente punhal. Segundo os primeiros levantamentos realizados pela Polícia Militar, o suspeito do crime é um rapaz de 19 anos, que seria enteado da vítima.
A PM do município obteve poucos dados sobre o caso no local, pois Maciel foi transportado para o hospital por populares logo após receber o ferimento. O nome de Harrison Caetano foi apontado à polícia como o suspeito pelo crime.
Apesar das diligências dos soldados Carreira e Plen, da viatura 4340, do 17.º BPM, o rapaz não foi localizado. Pelo boletim de ocorrência da PM, a situação aconteceu durante uma festa na Rua Itacolomi, às 0h30.
Discussão
Na manhã de ontem, o irmão da vítima, Marcelo de Brito, esteve no IML para providenciar a liberação do corpo. Segundo ele, ocorreu uma discussão entre o seu irmão e Harrison por motivo ignorado. Durante o desentendimento, o jovem pegou uma pedra e acertou a cabeça da vítima. Inconformado com a atitude, Maciel entrou na casa onde residia com a amásia para pegar algumas roupas e ir embora. Quando saiu da residência foi novamente atacado e recebeu um pontaço no peito. O autor se evadiu do local.
Conforme a PM, as informações foram repassadas à Polícia Civil do município que dará continuidade as investigações.
Envolvida nas execuções
Valéria Biembengut
Policiais de Almirante Tamandaré prenderam à 9h de ontem, Ozana Dias de Oliveira, 26 anos, mulher de Ananias de Oliveira Camargo, 25, que está preso desde o início do mês de setembro sob a acusação de integrar a quadrilha responsável por vários homicídios, entre eles, de 21 mulheres na região de Almirante Tamandaré.
A prisão de Ozana foi solicitada pela delegada Vanessa Alice. A policial apurou que Ozana tinha conhecimento da execução das mulheres e a indiciou como co-autora do homicídio da doméstica Suzana Moura Gazane, 22 anos, desaparecida desde o dia 20 de abril deste ano e achada morta em um chácara em Almirante Tamandaré no dia 5 de setembro.
Ozana garante que não tem nenhum envolvimento com o crime e quem executou Suzana não foi Ananias, que está preso na Prisão Provisória de Curitiba, e sim Adão Ribeiro, 21 anos, que também está com prisão decretada como co-autor do crime e encontra-se foragido.
Habeas corpus
A advogada de Ozana e Ananias, Paola Daniele Costa, salientou que a prisão de sua cliente não havia sido comunicada ao juiz da Central de Inquérito até o final da tarde de ontem. “Eu precisava entrar com pedido de habeas corpus já que a minha cliente possui todos os requisitos para responder o inquérito em liberdade, mas não pude fazer nada, porque delegado de Almirante Tamandaré não comunicou à Justiça”, reclamou à defensora.
De acordo com os trabalhos realizados pela delegada Vanessa, Ananias é apontado como autor de cinco assassinatos de mulheres. A policial já instaurou cerca de 30 inquéritos policiais relacionados com as mortes de mulheres e homens na região.
Suzana
O corpo de Suzana foi encontrado pela equipe da delegada Vanessa Alice, com a ajuda de Ozana e Adão, que indicaram o local exato onde a vítima havia sido enterrada. A jovem foi morta com um tiro na cabeça, jogada em um buraco e enterrada, na chácara dos Gava, na Colônia São Gabriel, em Almirante Tamandaré, quase divisa com o bairro Tanguá, em Curitiba.
