Político de Mandirituba morto era ameaçado

Enquanto a polícia ainda não tem qualquer informação sobre a autoria e motivo do suposto assassinato do vereador de Mandirituba Adão Valdir Carvalho, 47 anos, filiado ao PTN, lideranças políticas levantam a suspeita que ele tenha sofrido atentado político. De acordo com o que o vereador do PDT de Curitiba, Jorge Bernardi, levantou junto a seus coligados de Mandirituba, Adão vinha sofrendo ameaças através de cartas anônimas, que chegaram à Câmara do município. Ele chegou a tornar o fato público, lendo uma dessas ameaças durante uma sessão. Uma delas, inclusive, garantia que ?ele apareceria com a boca cheia de formigas?.

As ameaças, explica Bernardi, eram por conta de denúncias que Adão fazia em seu programa na Rádio Nacional e na tribuna da Câmara. Adão teria tornado público, segundo Bernardi, irregularidades envolvendo o Fundo de Educação Básica (Fundeb) e o Fundo de Previdência de Servidores de Mandirituba. Bastante atuante no município, seria candidato a vice-prefeito, ano que vem. Ele também concorreria à presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mandirituba, entidade que há tempos ele questionava a atual gestão, presidida por seu próprio irmão, o ex-vice-prefeito Júlio Carvalho.

Valdir Bicudo, superintendente da delegacia de Fazenda Rio Grande, não confirma nem nega a hipótese de crime político. Apenas afirma que nenhuma possibilidade é descartada, por enquanto.

Carbonizado

Adão desapareceu no último sábado, depois de receber um telefonema que o deixou nervoso. No domingo pela manhã, o carro dele foi encontrado em chamas, na localidade de Mato Branco dos Carvalhos. Dentro do carro, havia um corpo carbonizado, que a família supõe ser de Adão. A alguns metros do veículo, partes de um corpo masculino também foram encontradas, dois dias depois, por moradores locais.

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