O policial militar Renato Pereira da Silva, lotado no 9.º Batalhão, em Paranaguá, apontado como o sétimo envolvido na trama supostamente armada para incriminar Paulo Delci Unfried, como autor do crime do Morro do Boi, apresentou-se ontem, ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, e está detido.
Anteontem já haviam sido presos, o investigador aposentado da Polícia Civil Altair Ferreira, o “Taíco” (irmão de Juarez Ferreira, condenado a 65 anos e 5 meses de prisão pelo mesmo crime); o delegado José Tadeu Inocêncio Bello e os policiais militares Paulo Roberto da Graça, Rodrigo Alves Barbosa, Edmildo da Silva Mesquita e Edson Pereira.
Tráfico
A ordem de prisão estendeu-se ainda a Dirceu Killian de Araújo Fidelis, o “Adilson Fidelis” ou “Gaivota”, que já estava preso desde julho do ano passado, suspeito de tráfico de drogas.
Os sete teriam forjado provas para incriminar Paulo e inocentar Juarez da morte de Osires Del Corso e da tentativa de homicídio de Monick Pegorari de Lima, no Morro do Boi, em Caiobá, em 31 de janeiro de 2009.
De acordo com o Gaeco, Marcelo Gasparetto (morto a tiros em março do ano passado, no Botiatuvinha) teria sido convencido pelo grupo a praticar assaltos em alguns balneários (inclusive um estupro), para que esses roubos fossem atribuídos a Paulo, que tinha sido dono da arma do crime do Morro do Boi.
Posteriormente, “Gaivota” teria feito com que a arma e objetos levados nos roubos fossem entregues para Paulo. Quando então os policiais militares forjaram um flagrante em Paulo, apanhando-o com a arma do crime. Tudo isso teria sido corroborado pelo delegado Tadeu Bello, de Matinhos, no entender do Gaeco. O plano teria sido idealizado por “Taíco”, quando Monick reconheceu seu irmão como o assassino.