Uma equipe da delegacia de Guaratuba prendeu sete pessoas suspeita de formarem uma quadrilha especializada em venda de drogas e objetos roubados, infiltrando um dos investigadores no grupo. As investigações duraram um mês, até que, na madrugada do último domingo (08), os suspeitos foram detidos.
Um policial disfarçado de mendigo fez amizade com os membros da quadrilha e se infiltrou por alguns dias na casa usada por eles, conseguindo detalhes sobre o funcionamento do tráfico. Na moradia eram armazenados os entorpecentes e os objetos que seriam vendidos.
Foram presos Daniele Augusto, 20 anos, Carlos Felipe Monteiro Machado, da mesma idade, o ?Topete?, Aline Santos, 19, Rosângela Santos, 25, apelidada de ?Índia?, Josué Ferreira da Cruz, também de 25 anos, conhecido por ?Otário?, Adilson de Arruda, 28, o ?Testa?, e Levi Jorge Moura, 29, conhecido por ?Fujão?.
Daniele e Aline eram as responsáveis por arrumar dinheiro. Segundo o delegado, as duas se prostituíam para conseguir dinheiro. ?Os ?clientes? delas eram convidados a conhecer o local onde o grupo consumia crack. Lá, enquanto usavam drogas, compravam os objetos furtados ou roubados?, explicou. Na maioria das vezes, de acordo com a polícia, o grupo conseguia angariar essas pessoas como parceiros no crime.
O delegado contou que, nos últimos dias, a quadrilha estava preocupada com a presença constante da polícia no bairro e nomeou Adilson para vigiar o local. Quando a polícia se aproximava ele rapidamente avisava o grupo. Na casa foram encontradas mais de cem embalagens vazias utilizadas para vender o crack, que eram jogadas nos fundos do local.
Segundo o delegado José Carlos Rodrigues de Almeida, que comandou a operação, foi fundamental a participação da comunidade. ?As pessoas fizeram denuncias anônimas e ajudaram a polícia o tempo todo?, afirma o delegado. Os presos foram encaminhados para a delegacia de Guaratuba.