Tentando proteger os passageiros de um ônibus metropolitano de um assalto, o soldado Marcelino Deivid Cais, 46 anos, policial militar do 12.º Batalhão, foi morto pelos bandidos com um tiro no peito. A confusão aconteceu dentro do coletivo, quando transitava pela BR-116, sentido Curitiba, pouco antes da lombada eletrônica da Vila Zumbi, em Colombo, por volta das 18h de ontem. Ousados, os marginais apoderaram-se da arma e da jaqueta do soldado, e com a arma roubada ainda atiraram contra dois passageiros.
De acordo com dados levantados pela tenente Adriana, do 12.º Batalhão, com passageiros e funcionários do ônibus que faz a linha Timbu (Quatro Barras ao Terminal Guadalupe, em Curitiba), os bandidos e o policial já estavam embarcados quando o assalto foi anunciado. Com cerca de 40 pessoas dentro do coletivo, ocorreu uma confusão generalizada e ninguém soube contar exatamente o que houve nem a descrição dos bandidos. Segundo a tenente, os assaltantes eram três, um branco alto e dois morenos baixos. Já de acordo com o delegado Rubens Recalcatti, da Delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba, apenas dois marginais cometeram o crime. Um deles seria moreno alto, com cabelo amarelado, usando jaqueta amarela e bermudão. Apenas um deles estava armado. Antes de fugir, os bandidos feriram a tiros uma mulher, no braço, e um homem, na barriga. Ambos foram socorridos pelo Siate.
Os marginais desembarcaram e fugiram em meio aos casebres da Vila Zumbi, sentido Pinhais.
Carreira
Cais seguia para o trabalho, já fardado, e assumiria o turno da noite. O policial era casado, tinha filhos e trabalhava há cerca de 20 anos na corporação. Próximo de alcançar a aposentadoria, pediu ao comando de seu batalhão para sair das ruas e realizar serviços internos no quartel. O pedido foi aceito e atualmente ele trabalhava na guarda do batalhão.
Após o crime, diversas viaturas e policiais do 12.º e 17.º batalhões realizaram varreduras e bloqueios pela Vila Zumbi e arredores, em busca dos bandidos. Porém, até o fechamento desta edição, os marginais ainda não haviam sido encontrados. O caso foi encaminhado à delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, que recebe o apoio da DFR.