Carro foi apanhado no Água Verde e encontrado no Novo Mundo. |
A tentativa de prender assaltantes de veículos terminou com um policial civil baleado, no final da manhã de ontem. O investigador José Carlos Fernandes, 35 anos, lotado há dois anos no 8.º Distrito Policial (Portão), recebeu um balaço na barriga e está internado no Hospital do Trabalhador, onde passou por uma cirurgia delicada para a retirada do projétil. Após uma troca de tiros, os assaltantes conseguiram escapar. Um deles foi identificado como Matias Klein. Outro acusado, Marcelo Lessa Derci, foi preso horas depois, no apartamento onde mora com o comparsa.
De acordo com o delegado Hertel Rehbein, por volta das 11h, um grupo de homens estacionou o Marea branco, placa AIN-1912, na Rua José Carlos, Novo Mundo, com a intenção de apanhar um outro carro – Golf placa ABC-5448 – que estava parado na via perpendicular, Rua José Palu. O Golf havia sido tomado em assalto no último dia 21 de abril, no Água Verde. "Eles roubaram o Golf e o deixaram aqui, numa rua sem muito movimento, para depois buscá-lo", informou o delegado.
Entretanto, a ação dos marginais estava sendo monitorada por policiais do 8.º DP. Quando Matias abriu o Golf para levá-lo, recebeu voz de prisão dos investigadores. O suspeito não se entregou. Sacou uma arma e atirou contra o policial, que foi atingido na barriga.
Em seguida, Matias saiu correndo em direção aos comparsas, que iniciaram uma troca de tiros com os demais investigadores que participavam da operação. Durante o tiroteio, o grupo – formado por quatro indivíduos – correu em direção a outra quadra, onde um outro Golf de cor prata estava à espera, dando cobertura.
Os outros dois policiais permaneceram no local do tiroteio tentando levantar pistas sobre o paradeiro dos marginais. O delegado confirmou que o Marea – utilizando pelos marginais para chegarem até o Novo Mundo – também tinha alerta de roubo. O veículo foi abandonado na rua em frente a um conjunto residencial. Ao conversar com populares os policiais descobriram que Marcelo e Matias moravam no conjunto e que todos os dias apareciam com carros de alto valor. Quando entraram no apartamento da dupla, os investigadores prenderam Marcelo e identificaram Matias, que apesar de estar foragido já esteve preso na Delegacia de Furtos e Roubos, por assalto.
De acordo com o delegado, tem sido comum o procedimento de ladrões de automóveis, que após se apoderarem do veículo o deixam estacionado próximo de conjuntos residenciais, para que não chamem a atenção. Como há muitos moradores no conjunto, quase nunca é notado o carro abandonado. Horas ou dias depois do roubo, os criminosos voltam para levar o automóvel, sem levantar suspeitas.