Um policial militar lotado no 13.º Batalhão, em Curitiba, foi preso na madrugada de ontem por suspeita de envolvimento arrombamentos a caixas eletrônicos. No mês passado, sete PMs foram detidos por integrar quadrilhas que estouram os terminais, mas só um ainda permanece preso.
A prisão de ontem foi feita por mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça de Castro, nos Campos Gerais. Em nota, a PM disse que, durante buscas realizadas na residência do policial, na madrugada de ontem, foram encontrados 29 gramas de maconha.
Segundo o Ministério Público, nenhuma informação sobre a prisão ou sobre o envolvimento do detido com os furtos pode ser passada. De acordo com a PM, as investigações devem seguir pela Polícia Civil do município. A PM informou que está à disposição da Comarca de Castro. A instituição disse ainda que não compactua com desvios de condutas de seus integrantes e fará investigação interna. “Se ficar comprovada alguma irregularidade por parte do policial, ele sofrerá as penalidades da lei”, explica a nota.
Soltos
Em novembro, o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) prendeu 17 pessoas suspeitas de envolvimento nesses crimes, dentre elas sete policiais. Os PMs, de acordo com as investigações, criavam falsas ocorrências nas regiões que pretendiam realizar os roubos para desviar o policiamento ostensivo do local. No começo deste mês, o G1 divulgou gravações telefônicas que confirmam o envolvimento de PMs.
Dos sete policiais presos, seis foram soltos porque a Justiça não atendeu ao pedido de prisão preventiva, feito pelo Cope. Os policiais foram afastados das atividades de rua e trabalham agora em serviços administrativos. “Enquanto não tivermos uma legislação que puna efetivamente esses crimes, não interessa se você roube uma galinha ou um caixa eletrônico, é furto de qualquer maneira e você vai ficar pouco tempo preso”, afirmou, na época, o então secretário da Segurança Pública, Leon Grupenmacher.
São Paulo
Na noite de segunda-feira, três homens, sendo dois policiais militares, foram presos sob suspeita de envolvimento com uma quadrilha que explodia caixas eletrônicos, em São Paulo. Os policiais monitoravam a comunicação do rádio da PM e avisavam os comparsas da chegada da polícia. A quadrilha também roubava casas.