A morte ocorreu dentro do Mercado
Catarinense, que havia sido arrombado.

Um trágico equívoco tirou a vida do policial civil Elias Celso Lisboa de Miranda Filho, 42 anos, lotado na Delegacia do Alto Maracanã. Em serviço, ele foi morto com um tiro na cabeça à 1h de ontem, dentro do Mercado Catarinense, na Rua Nivaldo Socher, Roça Grande, Colombo. O autor do disparo foi Sidinei Luiz Dalagnese, 23 anos, filho do dono do estabelecimento, que confundiu o investigador com bandidos que haviam acabado de arrombar o mercado.

O comércio foi invadido à meia-noite e imediatamente as vítimas acionaram a Polícia Civil. A delegacia responsável pelo bairro é a de Colombo, mas como lá só havia um plantonista, a delegacia do Alto Maracanã se prontificou a atender o chamado.

Elias foi sozinho e entrou pela porta aberta no mercado. Sidinei, morador da casa de fundos, acreditou que se tratava de um arrombador que tinha retornado ao estabelecimento e atirou.

Fatal

O tiro atingiu a cabeça do policial. À 1h30 a PM constatou a morte e prendeu Sidinei em flagrante. Segundo a polícia, o pai do rapaz já fora baleado em assalto anterior numa outra filial do estabelecimento. Os invasores não foram localizados.

Elias encerraria em outubro o estágio probatório de três anos para efetivação no quadro da polícia civil. Desde o início da carreira trabalhou na Delegacia do Alto Maracanã. “O policiamento preventivo é de responsabilidade da Polícia Militar. Mas ele era dinâmico e não sabia dizer não a um chamado”, falou o investigador Roberto Gomes, também lotado no Alto Maracanã e com 29 anos de profissão. Para o colega, a inexperiência pode ter contribuído para a morte de Elias. “É preciso planejar bem antes de entrar em um local”, disse.

Fernando Lima, superintendente da Delegacia de Colombo, para onde Sidinei foi levado, também acredita que o procedimento de Elias não foi correto. “Ele deveria ter alertado que era policial. No mais, o que ocorreu foi uma fatalidade”, afirmou. Segundo o superintendente, Sidinei administrava o mercado e armou-se depois que o estabelecimento foi assaltado outras vezes.

A delegacia de Colombo apreendeu o revólver calibre 38 do detido, que não tinha passagem pela polícia e deve responder ao inquérito em liberdade.

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