Numa visível demonstração de corporativismo e de que a polícia age com “dois pesos e duas medidas”, um investigador da Polícia Civil, lotado na Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC), foi liberado pelos colegas, após agredir a companheira, chutar a porta de um táxi, capotar o Fox placa AMK-9097, fazer ameaças de morte a socorristas do Siate e repórteres que cobriam o acidente, e tudo isso em visível estado de embriaguez.

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O fato ocorreu aos 50 minutos da madrugada de ontem. Mobilizou bombeiros do Siate, policiais militares e policiais civis do Centro de Operação Policiais Especiais (Cope).

E mesmo assim, às 17h de ontem, o delegado da Estelionato, Itiro Hashitani, chefe do policial, não sabia o que tinha ocorrido. Também o delegado do Cope, Francisco Caricati, negou ter conhecimento da situação. E a Delegacia de Acidentes de Trânsito (Dedetran) não foi informada do episódio. Sabe-se que o prenome do policial é Luiz e que ele teria 43 anos.

Bronca

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Conforme foi apurado, Luiz, bêbado e armado, estava agredindo a companheira dentro do Fox, numa rua das Mercês. Um taxista passou e, vendo a cena, saiu em socorro da mulher. Irritado, o policial deu um chute na porta do táxi e fugiu em seguida.

O taxista, preocupado com a jovem perseguiu o Fox até a Rua Tapajós, onde o veículo capotou. O policial ficou preso no carro, sem qualquer ferimento. A mulher sofreu arranhões em um dos braços.

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Como não conseguia sair, Luiz ficou ainda mais alterado. Passou a ameaçar o taxista de morte e até os socorristas do Siate, que chegaram para atendê-lo.

Como estava armado, os socorristas ficaram com medo de libertá-lo e só o fizeram após a chegada da Polícia Mlitar. Já caminhando pela rua, usou palavras de baixo calão para ofender os repórteres e, com a chegada de uma equipe do Cope, recusou-se a acompanhar os colegas.

A confusão durou mais de duas horas, até que um investigador do Cope comunicou aos repórteres que o Fox seria guinchado até o pátio do Detran e o policial Luiz liberado, pois ele não admitia que estava dirigindo o carro.

Um cinegrafista registrou toda a cena, inclusive o momento em que o investigador foi liberado pelos socorristas do Siate e imediatamente partiu para cima deles, querendo agredi-los.