Policial atira na perna da ex-namorada

Após atirar contra sua ex-namorada, o soldado da Polícia Militar Giovani Rocco, 28 anos, lotado no 9.º Batalhão, foi preso em flagrante pelos próprios colegas de farda e autuado por lesões corporais pelo delegado Cleiton José da Silva, de Paranaguá. O atentado aconteceu na noite de quarta-feira, no centro de Morretes. Ferida por um disparo na perna e agredida com chutes e coronhadas na cabeça, Solange Portala, 23 anos, foi socorrida e levada ao hospital de Morretes. De lá, foi transferida para o Hospital Angelina Caron, em Campina Grande do Sul, onde permanece internada e não corre risco de vida.

Tiro

Testemunhas informaram à polícia que Solange havia terminado o namoro com o policial militar, sob a justificativa de que o rapaz era agressivo. Giovani não se conformava com a situação e queria reatar o relacionamento a qualquer custo. Ele chegou a pedir ajuda a um amigo, pedindo que telefonasse para a jovem e marcasse um encontro. Eram 17h quando o rapaz telefonou para Solange. Ela falou para o amigo de Giovani que não queria reatar porque o soldado era agressivo e pensava em se mudar para Paranaguá.

Lotado na PM de Antonina, o soldado foi até Morretes, na noite de quarta-feira, e convidou um colega. “Ele disse para o rapaz que tinha um serviço, mas só contaria quando chegassem em Morretes. Segundo a testemunha, Giovani comentou que seu sangue estava fervendo”, disse o delegado Antônio Rocha, de Morretes, que ouviu as testemunhas. Quando Giovani e seu colega trafegavam pelas ruas da Vila Ferroviária, viram Solange. O soldado parou o carro, agarrou a jovem e a jogou para dentro do veículo. Apavorado, o acompanhante do PM saiu correndo. “Ele relatou que quando virou a esquina ouviu um tiro. Retornou e viu a moça caída no chão.”

Prisão

Policiais militares de Morretes foram acionados, detiveram Giovani e o levaram a Paranaguá. “Eu recebi um telefonema de um policial chamado Barbosa, na noite de quarta-feira. Ele pedia orientação de como proceder, relatando que um soldado havia efetuado um disparo na perna de uma moça em Morretes. Como ele disse que o escrivão de Morretes não estava na delegacia naquele momento, pedi para que trouxesse o autor do disparo e fiz o flagrante a título de prevenção”, explicou o delegado Cleiton José da Silva, de Paranaguá. Segundo ele, os policiais só chegaram com o preso às 2h da madrugada. Por ser policial militar, Giovani ficou preso no Batalhão de Paranaguá, mas já foi conduzido para o quartel em Curitiba.

Como o crime ocorreu em Morretes, o delegado local, Antônio Rocha, ouviu as testemunhas do caso e pretende ouvir a vítima, nos próximos dias.

Versão

Segundo o delegado Cleiton José da Silva, o soldado alegou que a espingarda, calibre 32, estava no banco traseiro de seu veículo. Ele ia para casa quando viu Solange conversando com um homem e depois se despediu com beijos e abraços. Enciumado, Giovani teria ido tirar satisfações com a moça. Os dois discutiram e trocaram ofensas. Segundo o PM, Solange teria tentado pegar a arma com objetivo de atirar nele. Giovani tentou tomar a espingarda, que disparou e acertou a perna da jovem.

Procedimentos

O coronel Hernani Alves dos Santos, comandante do CPI (Comando de Policiamento do Interior), informou que o crime será investigado pela Polícia Civil, já que a arma não pertence à corporação e o soldado não estava em serviço. “Em qualquer um destes casos seria aberto um inquérito policial militar. Estamos aguardando receber a documentação feita pela Polícia Civil para ver quais serão os procedimentos, mas posso instaurar uma sindicância”, salientou o coronel.

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