O policial civil Aparecido Lopes, 46 anos, conhecido como “Nego Cido”, que foi preso no ano passado acusado de estar envolvido em um assassinato, foi executado ontem à noite, em frente ao portão de sua casa, na Rua Joaquin Oliveira Filho, Campo Comprido. O investigador, que atualmente trabalhava no 11.º Distrito Policial (CIC), foi assassinado com pelo menos quatro tiros. Colegas da vítima, lotados no Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), na Delegacia de Homicídios e na Furtos e Roubos estiveram no local, mas não conseguiram levantar qualquer informação precisa sobre o motivo ou o autor da execução.
De acordo com o investigador Sérgio Ramos, da Delegacia de Homicídios, testemunhas disseram ter visto um homem de moto passar pela casa do policial e chamar por ele. Ao atender o chamado, Aparecido teria sido baleado. Os socorristas do Siate, que estiveram no local, afirmaram que o investigador foi morto com dois tiros na cabeça, um na perna e outro no peito. No entanto, apenas exames complementares no Instituto Médico Legal poderão precisar o número correto de disparos que o atingiram. “Nós que trabalhamos nesta área estamos todos os dias vulneráveis a ameaças. Pode ser que o assassinato tenha sido decorrência de algum trabalho policial”, disse Sérgio.
Prisão
No dia 8 de maio do ano passado o investigador, lotado no 11.º Distrito (CIC), foi preso por policiais do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco). Ele estava com mandado de prisão preventiva decretado desde 30 de abril, acusado de envolvimento em um assassinato ocorrido em 3 de março, em Campo Largo. A prisão foi solicitada pela Promotoria de Investigação Criminal (Pic), do Ministério Público Estadual. Posteriormente o policial foi liberado e de acordo com informações de seus colegas, nada foi provado contra ele, que estaria movendo uma ação contra o Ministério Público, pela acusação que recebeu.
