O investigador da Polícia Civil Délcio Augusto Razera foi ouvido na tarde de ontem por promotores da Promotoria de Investigação Criminal (PIC). Ele foi preso no último dia 5, por policiais do Grupo Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gerco), durante a operação batizada de ?Pátria Nossa?, sob a acusação de fazer interceptação telefônica clandestina.
O teor do depoimento não foi comentado pelos promotores. A assessoria de imprensa do Ministério Público informou que só irá se pronunciar quando encerrarem os trabalhos e os acusados forem denunciados. Porém, a assessoria adiantou que os promotores já começaram a classificar as fitas apreendidas nos escritórios do policial e analisar seu conteúdo.
Prisões
Na segunda-feira, os policiais do Gerco prenderam outras duas pessoas suspeitas de envolvimento no esquema de escuta ilegal de ligações telefônicas. Gonzalo Arturo Canoles Farias, 48 anos, conhecido como ?Chileno?, e Isaac José Rodrigues, 29 anos, o ?Isaquinho?, foram ouvidos pelos promotores da PIC e encaminhados para o Centro de Triagem de Curitiba. Eles seriam responsáveis pela instalação dos grampos telefônicos.
Razera é apontado como líder do grupo e marido da proprietária oficial da empresa. Ele estava com prisão decretada pela Justiça, pelos crimes de interceptação telefônica clandestina e formação de quadrilha, e foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo de uso restrito. No primeiro dia da operação também foram presos Laércio José Licheski, Isaque Pereira da Silva, Mauro Fabrin, Juraci Pereira Macedo, Deni Mateus dos Santos e a mãe dele, Doroti Mateus dos Santos.