Acusado de assassinar o estudante de direito Direito Thiago Klemtz de Abreu Pessoa, de 19 anos, o soldado da Polícia Militar (PM) Omar Assaf Júnior, 29, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado nesta terça-feira (25).

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O estudante foi morto com três tiros em frente à Sociedade Harmonia, no Bigorrilho, na madrugada do último dia 16. Depois de passar por exames do Instituto Médico Legal (IML), ficou confirmado que as balas saíram da arma do policial.

Em depoimento, Assaf Júnior havia dito que disparou para dispersar uma briga que acontecia do lado de fora do estabelecimento. Entretanto, imagens de câmeras de vigilância de prédios próximos revelam que o policial atirou depois de perseguir um dos grupos que estava envolvido na confusão.

“O policial perseguiu algumas pessoas por cerca de duas quadras, onde câmeras de dois prédios registraram o momento dos disparos. Uma das câmeras registrou o policial com a arma em punho e a outra mostra Thiago ferido e caído no chão”, afirma o delegado da Delegacia de Homicídios, Rodrigo Brown de Oliveira.

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Oliveira salienta que Thiago foi atingido primeiramente com um tiro na barriga e caiu no chão ainda vivo. “O policial acabou se dirigindo ao jovem e disparando mais duas vezes, no peito e na cabeça. Se ele não tivesse efetuado esses disparados, Thiago ainda poderia estar vivo”, diz o delegado.

Moradores dos prédios presenciaram a briga e os disparos e chamaram acionaram a polícia aproximadamente às 5h. No inquérito, 25 pessoas foram ouvidas pela Polícia Civil.

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Em nota, a assessoria de imprensa da PM informou que no momento do episódio, o soldado estava em horário de folga. A nota afirma, ainda que o policial “acabou envolvendo-se no episódio, ocorrido entre os frequentadores, já ao lado de fora do estabelecimento”.

O soldado foi indiciado por homicídio doloso triplamente qualificado, motivo fútil e pelo fato de ser policial. A pena para os crimes pode chegar a 30 anos de prisão. A Polícia Militar já solicitou cópias dos depoimentos para instruir processo administrativo para o desligamento do policial. Agora, Omar Assaf Júnior está preso no Centro de Triagem de Piraquara, à disposição da Justiça.