Novo inquérito, que correrá em segredo de justiça, foi instaurado pela delegacia de Ibiporã (distante 15 quilômetros de Londrina) para apurar se houve abuso na prisão do padre Silvio Andrei, na madrugada de domingo. Ele foi preso em flagrante por ato obsceno, corrupção ativa e embriaguez ao volante. Segundo a Polícia Militar, o religioso estava nu e bêbado e parou o carro ao lado de um policial fardado, para quem fez uma proposta sexual. Quando preso, ofereceu dinheiro para não ser levado à delegacia.
Advogados do padre questionaram a forma como foi feita a prisão e acusaram abuso de autoridade e agressão a Silvio, que teve as mãos e os pés algemados para ser levado à delegacia. Na terça-feira, o juiz de Ibiporã, Sérgio Neme, e o delegado Marcos Belinati, analisaram imagens do sistema de vídeo da delegacia e chegaram a conclusão que há três pontos a serem apurados: supostas agressões, a forma como o padre foi algemado e como as fotos dele, seminu, foram parar na imprensa. Caso sejam confirmadas irregularidades, policiais militares e civis responderão criminal e administrativamente.
Políticos
Também na terça-feira, vereadores de Londrina saíram em defesa do padre, acusando a imprensa de sensacionalismo por ter exibido imagens do detido. Porém, não fizeram referência à visita que dom Albano Cavallin, bispo emérito de Londrina, fez à mãe de Silvio Andrei, e convidou a imprensa. “É ingenuidade pensar que um padre não peca. Ele vive o esforço contínuo de ser fiel à proposta de santidade, mas não deixa de ser falível”, disse o bispo.