Após três tentativas de fuga em apenas um mês, policiais civis da delegacia de São José dos Pinhais fizeram um “pente fino” na carceragem e apreenderam nas três galerias quase 20 pequenas ferramentas improvisadas pelos presos para abrir buracos e serrar grades. Os objetos também serviriam de armas brancas.

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A mudança na administração da carceragem somada ao período de Carnaval, que costumeiramente incita fugas, pode ter gerado o tumulto nas celas.”Endurecemos a revista, diminuímos os itens que podem ser trazidos para os presos e passamos a permitir a entrada apenas de pessoas cadastradas para visita. Estamos cumprindo a Lei de Execução Penal e promovendo um controle maior da carceragem”, revelou o superintendente da delegacia, investigador Clóvis Pinheiro, o que causou insatisfação nos detentos.

Muita gente

A superlotação das celas pode ser outro motivo de revolta dos presos. Na carceragem são mantidos atualmente 145 homens (a capacidade é para 36), dos quais 14 já estão condenados e ainda aguardam transferência para o sistema prisional.

Mesmo com a falta de espaço, o superintendente garante que adotou medidas para melhorar a qualidade de vida dos presos. “Temos também que pensar nos direitos humanos. Melhoramos a questão da alimentação e aumentamos o tempo para que conversem com seus advogados”, salienta.

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