A pequena cidade de Arapoti, com cerca de 100 mil habitantes, amanheceu repleta de policiais militares e civis, além de agentes do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público. Eles cumpriram 23 de 24 mandados de prisão. Entre os presos estão o delegado Wilson Jorge Joly, o investigador Wagner Gatti e o escrivão Airton Antônio de Assis – todos lotados em Arapoti, além de policiais militares e rodoviários. João Paulo, o “Zoinho”, está foragido.

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Os presos são acusados de integrar três quadrilhas envolvidas com tráfico de drogas, roubos e extorsão. Alguns mandados de prisão foram cumpridos nas cidades de Jaguariaíva, Sengés, Castro, Pirai do Sul, Pontal do Paraná e Curitiba.

As investigações iniciaram em julho deste ano, após o Ministério Público receber denúncias de corrupção e tráfico de drogas. “Descobrimos que as autoridades policiais locais eram coniventes com o crime”, explicou a promotora de Arapoti, Caroline Demantova Ferreira.

Confusão

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Segundo ela, todos os acusados irão responder por formação de quadrilha, tráfico de drogas, roubo e extorsão. Os policiais também foram enquadrados por corrupção. De acordo com o Ministério Público, os policiais mantinham relações com traficantes que agiam em toda a região.

Após as prisões houve confusão no fórum da cidade, porque os advogados não tiveram acesso aos procedimentos relacionados a seus clientes. O advogado Edson Stadler impetrou habeas corpus para que a promotora deixasse o processo à disposição dos defensores, sob pena de cerceamento de defesa. No final da tarde, a juíza de Arapoti, Fabiana Matie Sato, determinou que os processos fossem liberados.

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