Agentes da Polícia Federal realizaram um protesto em todo o país, na manhã desta terça-feira (11), por melhores condições de trabalho. A paralisação de 24 horas foi proposta pela Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) e pelos sindicatos da categoria nos 26 estados e no Distrito Federal.

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Em Curitiba, os manifestantes se reuniram em frente à superintendência da Polícia Federal, no Santa Cândida, e seguiram de ônibus até a Praça Afonso Botelho, em frente à Arena da Baixada, no Água Verde, onde realizaram um ato de protesto distribuindo planfletos.

No período da tarde, os policiais federais seguiram para o Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, onde também entregaram panfletos para quem estava no local.

De acordo com Fernando Augusto Vicentini, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná (Sinpef), os protestos objetivam mostrar o sucateamento da Polícia Federal.

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“Não nos falta vontade para combater a corrupção, mas falta muita vontade do governo federal para que isso ocorra. Além disso, há uma séria interferência desse mesmo governo nas investigações. Tudo o que fazemos somos obrigados a reportar ao ministro da Justiça, estamos engessados”.

A respeito da escolha dos locais dos protestos, Vicentini disse que eles são simbólicos. “No caso da Arena é uma referência, pois bilhões de reais estão sendo gastos com estádios e a segurança está abandonada. Nossas fronteiras estão abertas e nossos aeroportos não têm a menor segurança”.

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O presidente do Sinpef disse ainda que apenas dois agentes federais fazem a segurança regular de todo o Aeroporto Afonso Pena, número que segundo ele é insuficiente. Vicentini afirmou ainda que o terminal possui apenas uma máquina de raio-x para verificar todas as bagagens.

Com relação a novos protestos, Vicentini afirmou que nos dias 25 e 26 deste mês haverá uma paralisação de 48 horas, “mas podemos entrar em greve a qualquer momento”, finalizou o presidente do Sinpef.

Telefone só chama

A reportagem do Paraná Online tentou contatos telefônicos com a assessoria de imprensa da Superintendência da Polícia Federal, no Santa Cândida, para falar a respeito da paralisação, mas as ligações não foram atendidas.