Policiais federais de Foz do Iguaçu e de Guaíra, no oeste do Paraná, prometem realizar hoje uma operação padrão em protesto à terceira classe da categoria, criada pelo governo federal.
Segundo os policiais, essa terceira classe trará perdas salariais para agentes, papilocopistas, delegados e escrivães, e também um atraso de cinco anos na carreira. No Paraná, cerca de 120 policiais estariam nessa situação.
A operação padrão deve ser concentrada nas ponte da Amizade e Tancredo Neves. Como explicou o vice-presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Paraná, Naziazeno Florentino, a operação vai levar para as pontes todos os policiais que trabalham nos setores de emissão de passaportes e atendimento a estrangeiros das duas cidades.
Ele explicou que a criação da terceira classe trará um prejuízo de cerca de R$ 300 mensais para os policiais. “Mas se calcularmos ao longo da carreira, seriam R$ 200 mil de perdas. Esses policiais fizeram o concurso achando que iriam ser enquadrados na segunda classe, mas depois do concurso o governo criou essa nova classe”, afirmou.
A reportagem entrou em contato com os ministério da Justiça, do Planejamento e com o Departamento Nacional da Polícia Federal, mas nenhum desses órgãos se manifestou sobre o assunto.
Segundo Florentino, a intenção do sindicato não é fazer greve, pois isso prejudicaria a população. “Queremos apenas mostrar para o governo como deveria ser a fiscalização nas pontes”, disse.