Átila Alberti |
Cheiro forte podia ser sentido de fora da casa. |
Sangue de porco, restos de carne moída, corantes e muita sujeira, foi o que policiais do 9.º Distrito Policial encontraram em um frigorífico clandestino, na Rua Laertes Luiz Foggiato, Sítio Cercado. Mais de 400 quilos de carne suína e lingüiças de diversos tipos foram apreendidos, e o dono do negócio, Luiz Carlos Ribeiro, 43 anos, foi preso.
Segundo o superintendente Omar Peplow, um cliente do frigorífico foi até a delegacia e denunciou que os produtos vendidos por Luiz não tinham nenhum tipo de fiscalização e higiene, muito menos nota fiscal. ?A produção era caseira e funcionava em uma peça entre o banheiro e a sala da casa.?
As caixas, onde os produtos eram armazenados, estavam guardadas no banheiro e algumas lingüiças ficavam em caixas, pelo chão, por onde os três funcionários passavam. Além disso, vários cachorros foram vistos pelo local. As botas utilizadas pelos funcionários estavam espalhadas pela casa e o mal cheiro podia ser sentido no portão de entrada.
Vizinhos
Alguns vizinhos disseram não ter muito contato com Luiz e não sabiam que ali funcionava uma fábrica de lingüiça. ?Já senti um cheiro ruim, mas nem sabia que era dali?, contou uma mulher.
Luiz foi encaminhado para o 9.º distrito policial e autuado por vários crimes, entre eles, sonegação fiscal e crime contra ordem econômica. ?A Vigilância Sanitária foi chamada e vamos verificar por quais outros delitos ele é responsável. Também vamos decidir para onde vai toda essa carne?, disse o superintendente. Segundo ele, é fundamental que o consumidor se atente a registros de fiscalização e prazo de validade antes de adquirir qualquer produto, ainda mais sendo alimentício.