Três policiais do Tático Integrado e Grupos de Repressão Especial (Tigre), considerada a tropa de elite da polícia civil paranaense, se envolveram num tiroteio que resultou na morte de um sargento da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, no início da madrugada desta quarta-feira (21). Eles tiveram a prisão provisória decretada pela Justiça gaúcha.

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De acordo com informações da assessoria de imprensa da Polícia Civil do Paraná, os investigadores foram até Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, para dar sequência a uma investigação sigilosa de extorsão mediante sequestro.

O cativeiro foi estourado no início da tarde, por policiais militares e civis do Rio Grande do Sul, e uma segunda equipe do Tigre, que viajou até Gravataí para substituir os colegas envolvidos na ação desastrosa. A polícia civil do Paraná confirmou a morte de um dos reféns: Lírio Poerjio, 50 anos, empresário de Quatro Pontes, no oeste do Paraná. O outro refém, o amigo dele, o empresário Osmar José Finkler, da mesma cidade, foi libertado e ainda não se sabe seu estado de saúde.

Os policiais também não confirmam a morte de um dos sequestradores. As primeiras informações dão conta de que três criminosos já se encontram presos. A Polícia Civil paranaense também informou que o sargento morto não teria ligação com a investigação em curso.

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A prisão dos policiais envolvidos, que ainda não tiveram seus nomes revelados, foi determinada pela 1.ª Vara Criminal da Comarca de Gravataí. Eles retornaram para Curitiba, onde se apresentaram à Corregedoria da Polícia Civil e entregaram suas armas. Um dos investigadores disparou uma rajada de submetralhadora contra o policial gaúcho, ferido com quatro tiros. A Polícia Civil do Paraná, porém, contradiz a informação, informando que os policiais estavam armados de pistola. Em nota, a Polícia Civil do Paraná considerou o caso uma fatalidade e lamentou a morte do militar gaúcho.

Ação

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A equipe do Tigre chegou a Gravataí por volta da meia-noite para dar continuidade às investigações sobre o sequestro de dois paranaenses, que eram mantidos em cárcere privado, conforme diz a nota emitida pela polícia. Os policiais relataram que estavam numa viatura descaracterizada quando passaram a ser seguidos por um homem em uma motocicleta. Ao pararem num semáforo, o homem, com arma em punho, abordou o veículo na Avenida Planaltina. Houve troca de tiros, culminando com a morte do homem posteriormente identificado como sargento Ariel da Silva, 40 anos, da Brigada Militar.

A Polícia Civil do Paraná diz que não foi apurado quem deu o primeiro tiro. As informações são de que o policial ferido estaria de folga e voltava para casa, à paisana, depois de visitar o pai.
Após o fato, os policiais do Tigre solicitaram socorro de imediato à vitima e prestaram depoimentos à delegacia local. As armas e o veículo utilizado ficaram retidos para perícia.

Falhas

A polícia gaúcha criticou a atuação dos policiais paranaenses, considerando a abordagem “desastrosa”. Em entrevista à imprensa gaúcha, o comandante do 17.º Batalhão da Brigada Militar, tenente-coronel Dirceu Lopes, apontou duas falhas básicas na ação: erro de jurisdição e de técnica.

A Polícia Civil do Paraná informou que a intenção da equipe era oficializar o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) do Rio Grande do Sul logo pela manhã, pois não havia condição de comunicá-los de madrugada.