Policiais civis vão paralisar as atividades na próxima quinta-feira, com protesto marcado para as 14h, no Centro Cívico. Após assembleias realizadas pelo Sindicato das Classes Policiais Civis (Sinclapol), em Curitiba, Londrina e Cascavel, os policiais optaram pela paralisação e, então, votação sobre indicativo de greve. A meta é pressionar o governo estadual a cumprir promessas de contratação de mais efetivo, pagamento de progressões de carreira e o fim da guarda de presos em delegacias.
“Todas as medidas apresentadas pelo governo foram paliativas. Os policiais continuam em desvio de função. É fácil ter um sistema prisional modelo, que foi mostrado como exemplo em outros estados, às custas de policiais civis cuidando de presos em celas de delegacia”, afirmou André Luiz Gutierrez, presidente do Sinclapol.
Negociação
Durante a paralisação, apenas 30% dos policiais permanecerão trabalhando. Somente a guarda dos presos e situações de emergência serão atendidas. Serviços à população, como registro de boletins de ocorrência e investigação, ficarão suspensos. Caso os policiais votem pela greve, este esquema será mantido.
Diante do anúncio de paralisação, o governo marcou reunião com representantes da classe policial, que deve acontecer hoje à tarde.
Estarão presentes membros das secretarias da Segurança Pública e da Administração. “Tentamos marcar esse encontro, que foi prometido para a primeira semana de janeiro. Acredito que vão discutir as questões salariais, mas nossas prioridades também são outras”, explicou Gutierrez.
A Polícia Civil tem aproximadamente 4,5 mil agentes. Está prevista contratação de 500 policiais, aprovados no último concurso. Porém, para os sindicalistas o efetivo continuará defasado. “O Estatuto da Polícia Civil, de 1982, que já está bastante desatualizado, prevê que o efetivo ideal de 6 mil policiais. Hoje as necessidades aumentaram”, resumiu Gutierrez. O salário inicial de um policial civil é de R$ 4.520.