Policiais civis não descartam greve

Policiais civis de todo o Estado decidiram ontem, em assembleia feita durante a paralisação de seus trabalhos, marcar uma nova reunião, que deverá acontecer dentro de quinze dias, cuja pauta será a realização de uma greve ou não por tempo indeterminado.

A razão, segundo o Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), Sindicato dos Policiais Civis de Londrina e Região (Sindipol) e da União da Polícia Civil do Paraná (UPCPR), é a ausência de um plano Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS), aguardado pela categoria desde 2005. Cerca de 500 servidores participaram do manifesto.

Segundo o presidente do Sinclapol, André Gutierrez, a aderência dos policiais ontem à paralisação foi excepcional. “Registramos 80% da categoria paralisada hoje (ontem). Isso representa a revolta dos policiais civis com relação à ausência do PCCS. Como não tivemos resposta nenhuma do Estado, vamos discutir em uma nova reunião se faremos a greve por tempo indeterminado ou não”, adianta.

Para Ademilson Batista, presidente do Sindipol, o protesto de ontem refletiu a união das três entidades sindicais da Polícia Civil. “Trabalhando junto torna-se mais fácil o governo entender que existem dois caminhos. Ou atende nossos pedidos ou entraremos em greve”, ressalta. “Além do PCCS, lutamos por melhores salários e melhores condições de trabalho”, lembra o presidente da UPCPR, Wilson Villa.

A paralisação, porém, segundo as entidades de classe, não afetou a população pois 30% do efetivo continuou trabalhando. A Secretaria de Estado da Segurança (Sesp) afirmou que não irá se pronunciar sobre a manifestação.

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