Os policiais civis Ricardo Abilhôa e Carlos Eduardo Carneiro Garcia tiveram suas prisões preventivas decretadas anteontem e encontram-se foragidos. Eles são acusados de terem cometido uma série de crimes, como extorsão e estelionato, que estão sendo investigados pela Corregedoria da Polícia Civil. De acordo com o Ministério Público, a prisão preventiva deles foi decretada porque ambos estavam dificultando as investigações destes delitos – ameaçando testemunhas e forjando meios ilícitos para conseguir informações referentes ao processo.
Em virtude do mandado de prisão, o pai de Ricardo, o procurador de Justiça e coordenador da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), Dartagnan Cadilhe Abilhôa, afirmou que seu filho foi vítima de perseguição política por parte do secretário de Estado da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari. Segundo Dartagnan, a briga entre ele e Delazari surgiu durante a passagem da CPI do narcotráfico pelo Paraná, em 2000. Dartagnan disse que vem sofrendo forte perseguição, assim como seu filho que é policial civil. Dartagnan também acusou o delegado Francischine, da Polícia Federal e a própria intituição de agirem a pedido do secretario contra a família Abilhôa.
Em nota enviada pela Secretaria de Estado da Segurança Pública, Delazari afirma que as acusações são pessoais e levianas e que serão respondidas por meio de um processo judicial. Delazari disse ainda que nada tem a ver com a prisão de Ricardo.
Dartagnan Abilhôa se tornara inimigo íntimo de Delazari quando o procurador e outros dois promotores o denunciaram à Procuradoria Geral de justiça.
A PF informou também que acionará a Corregedoria do Ministério Público para verificar a veracidade dos fatos.
