O delegado Armando Marques Garcia e o investigador Hélcio Piasseta, titular e superintendente da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas de Curitiba, respectivamente, foram interrogados ontem na Corregedoria da Polícia Civil. Ambos são acusados de beneficiar as atividades ilícitas de Mário do Amaral Fogassa, apontado como um dos principais envolvidos em roubo de cargas no Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Presos desde sexta-feira passada, os dois policiais teriam revelado que vinham sofrendo pressões da cúpula da Polícia Civil e da própria Secretaria de Estado Segurança Pública (Sesp) para “aliviar” os inquéritos contra Fogassa. Além deles, também está com prisão preventiva decretada a delegada Margareth Motta, adjunta da mesma delegacia e quem presidia inquéritos instaurados contra o acusado. De acordo com denúncias do Ministério Público de Rio Negro, ela e os colegas teriam exigido o pagamento de R$ 50 mil para liberar duas cargas roubadas (uma de doces e outra de jaquetas), encontradas numa chácara em Campo do Tenente, de propriedade de Fogassa. Margareth conseguiu escapar e ainda ontem fez contato com o corregedor-geral Adauto Abreu de Oliveira, informando que deveria se apresentar à noite ou hoje pela manhã. Ela tirará proveito da Lei Eleitoral, que não permite que sejam efetuadas prisões – a menos que em flagrante – cinco dias antes e até dois dias após o pleito eleitoral.
Sigil
oO corregedor-geral se negou a confirmar qualquer informação que constasse nas declarações de Garcia ou Piasseta. Segundo ele, as declarações de ambos foram prestadas em investigações preliminares. E nesta fase, tudo é sigiloso. Este trabalho preliminar pode resultar na instauração de uma sindicância (que pode originar uma punição) ou um processo disciplinar (que pode resultar até na expulsão dos policiais). Mesmo com o rigoroso sigilo, sabe-se que a Corregedoria vai investigar o suposto envolvimento do delegado-geral Leonyl Ribeiro, cuja situação ficou mais comprometida após as declarações de Garcia.
Em fitas gravadas pelo Ministério Público durante as investigações para desarticular as atividades de Fogassa, os nomes do delegado-geral e do secretário da Segurança José Tavares teriam sido citados pelos quadrilheiros. Ambos já negaram terminantemente qualquer ligação com o suspeito, admitindo apenas que através do pedido de um conhecido comum, verificaram a situação dos inquéritos instaurados contra eles, procedimento considerado normal.
Acusados também denunciam
O delegado Armando Marques Garcia e o investigador Hélcio Piasseta, titular e superintendente da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, respectivamente – foram interrogados ontem na Corregedoria Geral da Polícia Civil. Ambos são acusados de beneficiar as atividades ilícitas de Mário do Amaral Fogassa, apontado como um dos principais envolvidos em roubo de cargas no Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Presos desde sexta-feira passada, por ordem do juiz de Rio Negro, os dois policiais teriam revelado que vinham sofrendo pressões da cúpula da Polícia Civil e da própria Secretaria da Segurança Pública para “aliviar” os inquéritos contra Fogassa.
Além deles, também está com prisão preventiva decretada a delegada Margareth Motta, adjunta da mesma delegacia e que presidia inquéritos instaurados contra o acusado. De acordo com denúncias do Ministério Público de Rio Negro, ela e os colegas teriam exigido o pagamento de R$ 50 mil para liberar duas cargas roubadas(uma de doces e outra de jaquetas), encontradas em um chácara em Campo do Tenente, de propriedade de Fogassa. Margareth conseguiu escapar e ainda ontem fez contato com o corregedor-geral Adauto Abreu de Oliveira, informando que deveria se apresentar à noite ou hoje pela manhã. Ela tirará proveito da lei eleitoral que não permite que sejam efetuadas prisões – a menos que em flagrante – cinco dias antes e até dois dias após o pleito eleitoral.
Sigilo
O corregedor-geral negou-se ontem a confirmar qualquer informação que constasse nas declarações de Garcia ou Piasseta. Segundo ele, as declarações de ambos foram prestadas em investigações preliminares e nesta fase tudo é sigiloso. Este trabalho preliminar pode resultar na instauração de uma sindicância (que pode originar uma punição como suspensão) ou um processo disciplinar (que pode resultar até na demissão dos policiais). Mesmo com o rigoroso sigilo, sabe-se que a Corregedoria vai investigar o suposto envolvimento do delegado-geral Leonyl Ribeiro, cuja situação ficou mais comprometida após as declarações de Garcia.
Em fitas gravadas pelo Ministério Público, durante as investigações para desarticular as atividades de Fogassa, os nomes do delegado-geral e do secretário da Segurança José Tavares, teriam sido citados pelos quadrilheiros. Ambos já negaram terminantemente qualquer ligação com o suspeito, admitindo apenas que através do pedido de um conhecido comum, verificaram a situação dos inquéritos instaurados contra ele, procedimento considerado normal.